"Sem reforma tributária não adianta pensar no futuro", defende relator
Deputado Luiz Carlos Hauly afirma que o texto pode ser aprovado ainda neste ano com a ajuda de um mandado de segurança para travar a intervenção
Simpósio2018|Alexandre Garcia, do R7
O relator do projeto de reforma tributária na Câmara, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), disse neste sábado (7) que "não adianta pensar no futuro" sem que o texto seja aprovado pelo Congresso Nacional.
— Aprovada a reforma nos moldes propostos, o Brasil sobe 60 posições no ranking de competitividade. [...] O trabalhador vai ter mais emprego e aumento de poder aquisitivo porque as empresas terão mais competitividade. Consequentemente, comércio e serviços poderão vender mais.
Ao frisar a possibilidade, Hauly recorda a reforma trabalhista, aprovada "em meio à maior crise econômica da sua história, aprovaria a reforma trabalhista tão bem".
— O Congresso está receptivo. Vai ter uma aprovação maior do que a reforma trabalhista, porque a centro-esquerda também está favorável à proposta, ao contrário do texto do [Rogério] Marinho, em que nós aprovamos sem os votos da centro-esquerda.
Hauly garante ainda que a proposta tem condições de ser aprovada ainda neste ano, mesmo com o decreto de intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro, que trava o andamento das PECs (Proposta de Emenda à Constituição) no Congresso Nacional.
— O [presidente da Câmara], Rodrigo Maia, já autorizou a tramitação da reforma, que só falta obter no Supremo um mandado de segurança para permitir a votação.
No discurso, direcionado a empresários pouco antes da participação do presidente Michel Temer (MDB) no 3º Simpósio de Nacional de Varejo e Shopping, Hauly cobrou uma posição firme do setor em defesa das mudanças tributárias.
— É hora de chegar no presidente da República e falar: 'vamos fazer a reforma'.
Mais tarde, em seu posicionamento, Temer se dirigiu a Hauly e ressaltou a necessidade de aprovação da reforma com algumas modificações no texto.
— Espero concluir o governo com isso [reforma trabalhista], se não aprovada, muito bem encaminhada.