O relator do projeto de reforma tributária na Câmara, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), disse neste sábado (7) que "não adianta pensar no futuro" sem que o texto seja aprovado pelo Congresso Nacional. — Aprovada a reforma nos moldes propostos, o Brasil sobe 60 posições no ranking de competitividade. [...] O trabalhador vai ter mais emprego e aumento de poder aquisitivo porque as empresas terão mais competitividade. Consequentemente, comércio e serviços poderão vender mais. Ao frisar a possibilidade, Hauly recorda a reforma trabalhista, aprovada "em meio à maior crise econômica da sua história, aprovaria a reforma trabalhista tão bem". — O Congresso está receptivo. Vai ter uma aprovação maior do que a reforma trabalhista, porque a centro-esquerda também está favorável à proposta, ao contrário do texto do [Rogério] Marinho, em que nós aprovamos sem os votos da centro-esquerda. Hauly garante ainda que a proposta tem condições de ser aprovada ainda neste ano, mesmo com o decreto de intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro, que trava o andamento das PECs (Proposta de Emenda à Constituição) no Congresso Nacional. — O [presidente da Câmara], Rodrigo Maia, já autorizou a tramitação da reforma, que só falta obter no Supremo um mandado de segurança para permitir a votação. No discurso, direcionado a empresários pouco antes da participação do presidente Michel Temer (MDB) no 3º Simpósio de Nacional de Varejo e Shopping, Hauly cobrou uma posição firme do setor em defesa das mudanças tributárias. — É hora de chegar no presidente da República e falar: 'vamos fazer a reforma'. Mais tarde, em seu posicionamento, Temer se dirigiu a Hauly e ressaltou a necessidade de aprovação da reforma com algumas modificações no texto. — Espero concluir o governo com isso [reforma trabalhista], se não aprovada, muito bem encaminhada.