Associação de editoras acusa Google de ‘roubo’ por usar IA e não citar links nas buscas
Recurso lançado nos EUA exibe respostas geradas por inteligência artificial e levanta críticas de editoras por perda de tráfego e receita
Tecnologia e Ciência|Do R7, em Brasília

A inclusão de respostas produzidas por inteligência artificial nos resultados de busca do Google provocou reações negativas no setor editorial dos Estados Unidos.
A News/Media Alliance, organização que representa grandes editoras de imprensa, criticou o novo recurso chamado AI Mode, classificando a prática como um “roubo”.
“Os links eram o último elemento de valor para os sites, gerando tráfego e receita. Agora, o Google toma o conteúdo à força e o usa sem retorno algum — a definição de roubo”, declarou Danielle Coffey, presidente da entidade.
A aliança defende que o Departamento de Justiça norte-americano imponha limites à atuação da empresa.
A crítica se concentra no fato de o novo modo entregar respostas diretas, sem depender da navegação para os sites de origem.
O que diz o Google
O Google afirma que os resultados ainda acompanham links, mas a preocupação de editores é com a queda no volume de acessos — e, consequentemente, de receita — causada pela menor necessidade de cliques.
Em resposta, o Google defendeu a funcionalidade. Segundo Liz Reid, vice-presidente de Busca, conceder permissões específicas para cada recurso geraria obstáculos técnicos para os sistemas da empresa. Isso impactaria o funcionamento dos algoritmos que sustentam o buscador.
Sobre o uso de conteúdo jornalístico, o Google sustenta que os mecanismos de controle existentes permitem que editores definam como seus materiais podem ser usados em treinamentos de modelos de IA.
Além disso, a empresa argumenta que muitas publicações podem se beneficiar com o novo formato, alcançando novos públicos por meio das respostas geradas pela inteligência artificial.
A Google, empresa por trás do famoso site de buscas, anda bastante ocupada. Nas últimas semanas, ela apresentou uma nova ferramenta que trata e corrige fotos de sua rede social, o Google+; lançou balões de ar com equipamentos que levarão o acesso a int...
A Google, empresa por trás do famoso site de buscas, anda bastante ocupada. Nas últimas semanas, ela apresentou uma nova ferramenta que trata e corrige fotos de sua rede social, o Google+; lançou balões de ar com equipamentos que levarão o acesso a internet quase ao espaço; inaugurou um novo serviço de música por streaming, o Google Play Music All Access; deu pistas sobre um novo smartphone, o Moto X, e revitalizou seu sistema de mapas.Em breve também trará ao mercado o Google Glass, um óculos que terá recursos para tirar fotos e filmar e permitirá também a navegação por GPS.Mas quando a gigante do setor de tecnologia divulgar seu próximo balanço financeiro, investidores estarão preocupados com outra coisa: o desempenho do negócio de anúncios online do Google, sua principal fonte de lucro.A predominância do Google entre os buscadores na internet já não é mais tão grande assim *Texto BBC
Gigantes techs acusadas de truste
A discussão acontece em meio a um processo antitruste que avalia práticas de mercado da empresa no segmento de buscas.
Documentos divulgados durante o julgamento revelam que o Google decidiu não solicitar autorização prévia para uso de conteúdo de terceiros em seus recursos de IA, exigindo dos editores que retirem seus sites da busca por completo, caso não concordem com o uso.
Propostas de mudança em debate sugerem criar mecanismos mais transparentes para que empresas de mídia decidam se e como seu conteúdo pode ser utilizado nos produtos de IA do Google, inclusive com opções de exclusão específicas por modelo.
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