Chuva de meteoros Leonídeas terá pico nesta madrugada
Fenômeno astronômico ocorre anualmente em meados de novembro, quando a Terra passa por fragmentos do cometa Tempel-Tuttle no espaço
Tecnologia e Ciência|Sofia Pilagallo, do R7*
A chuva de meteoros Leonídeas terá seu pico nesta madrugada de terça (17) para quarta-feira (18). O fenômeno astronômico ocorre anualmente em meados de novembro, quando a órbita da Terra ao redor do Sol passa por uma região no espaço onde estão fragmentos do cometa Tempel-Tuttle.
Segundo o astrônomo Cássio Barbosa, do Centro Universitário FEI, a chuva de meteoros deste ano deve ser relativamente fraca – de 10 a 15 meteoros por hora. Em 2001, foi possível visualizar mais de mil meteoros por hora.
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"A última passagem do Tempel-Tuttle pela Terra foi em 1998, então as primeiras Leonídeas posteriores àquele ano tenderam a ser mais intensas", explica o astrônomo.
Devido à baixa intensidade do fenômeno, é muito mais provável que as pessoas avistem as chamadas "estrelas cadentes" com baixa emissão de luz, resultado da entrada dos fragmentos na atmosfera terrestre.
"Aqueles que desejam observar a chuva devem procurar no céu por um risco branco levemente azulado, que é a cor típica desses meteoros. No caso de uma bola de fogo, não haveria dúvidas, pois o fenômeno iluminaria todo o céu", afirma.
Para obter uma melhor visualização da Leoníadas, é preciso procurar um lugar escuro, afastado das luzes da cidade e com pouca 'poluição visual', como árvores e prédios altos. A orientação do especialista é olhar na direção nordeste um palmo acima da linha do horizonte.
Segundo o professor, no Hemisfério Sul, o fenômeno estará mais visível um pouco mais tarde do que no Hemisfério Norte: a partir das 2h da manhã.
"Conforme a noite vai avançando, a constelação [no caso, Leão] vai subindo e se distanciando do horizonte, que tem mais sujeira e atrapalha a visão. O horário ideal, portanto, será por volta das 3h, 3h30 da manhã", diz. "A partir desse horário, será possível ainda observar resquícios de outro fenômeno astronômico, a chuva de meteoros Taurídeas, visível na direção noroeste."
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*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques