Conselho do Twitter avalia plano para se defender da oferta de compra de Elon Musk

Objetivo é reduzir a probabilidade de alguém obter o controle da empresa por meio da acumulação de títulos de mercado aberto

15/04/2022 - 17h53 (Atualizado em 03/04/2024 - 20h54)

O Twitter começou a se mexer para se defender da oferta pública de compra hostil, por US$ 43 bilhões, de Elon Musk, e anunciou um plano nesta sexta-feira (15) para impedir que o magnata consiga comprar facilmente as suas ações.

O plano "reduzirá a probabilidade de qualquer entidade, pessoa ou grupo obter o controle do Twitter por meio da acumulação [de títulos] do mercado aberto, sem pagar a todos os acionistas um prêmio de controle adequado, ou sem dar ao Conselho de Administração as informações suficientes para a tomada de decisões", assinalou a companhia em comunicado.

Essa cláusula, também conhecida como "pílula de veneno" no jargão do mercado financeiro, seria ativada caso um acionista adquira mais de 15% das ações da empresa sem a autorização do conselho.

Elon Musk, o magnata de origem sul-africana dono das empresas Tesla e SpaceX, possui atualmente pouco mais de 9% do capital acionário do Twitter.

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Se Musk comprar títulos suficientes para superar 15%, todos os outros acionistas da plataforma poderão comprar mais papéis com um desconto, o que encareceria bastante o preço para que o empresário possa assumir o controle total da rede social.

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O anúncio do Twitter revela que a plataforma sediada em San Francisco, no oeste dos Estados Unidos, planeja se defender contra a proposta hostil do homem mais rico do mundo de comprá-la e transformá-la em uma empresa de capital fechado.

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A proposta de Musk enfrenta questionamentos em várias frentes, incluindo uma possível recusa e o desafio de reunir o dinheiro ofertado pelo magnata para realizar a transação, mas poderá ter amplas repercussões na rede social se for efetivamente consumada.

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Ontem, Musk afirmou que tinha "recursos suficientes" para a transação e que contava com um plano B se o Conselho de Administração do Twitter recusasse a oferta. Também ressaltou que não tinha a intenção de "fazer dinheiro" com a aquisição, durante uma entrevista ao vivo no evento Ted2022.

Por falar em redes sociais, recentemente, influenciadoras se despediram dos fãs antes de o Instagram ser bloqueado na Rússia. Confira abaixo!

Diversas influenciadoras russas se despediram dos seguidores pouco antes de o Instagram ser bloqueado no país, nesta segunda-feira (14) — medida que afetou cerca de 80 milhões de russos. Entre lágrimas, algumas delas anunciaram a migração para redes sociais permitidas no país, como a VK e o app de mensagens Telegram

Uma das primeiras a se despedir foi a apresentadora Olga Buzova, de 36 anos. A estrela da TV do país tinha cerca de 23,2 milhões de seguidores. Em um vídeo que já saiu do ar, ela chora e diz que "parece que a vida está sendo tirada" dela

A reação foi criticada por alguns que fizeram comentário no post, afirmando que a perda é pequena diante dos horrores da guerra. "Na Ucrânia, as pessoas estão morrendo, [...] não há onde dormir, eles perderam tudo e você está chorando por causa do Instagram", disse um comentário, printado pelo site Insider, antes de sumir junto com o vídeo

Valeria Chekalina, uma celebridade com 10,5 milhões de seguidores, postou momentos em família (na legenda da imagem ao lado, ela diz que quase levou uma multa por causa do carro estacionado irregularmente) e anunciou no perfil que os seguidores poderiam receber atualizações dela no Telegram, já que "o Instagram não existe mais"

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A modelo afirmou que também publicará na rede social russa VK.com, principalmente após o banimento do Facebook, uma semana antes do Instagram

"Meus queridos amigos, o Instagram será fechado em nosso país em um futuro próximo... nas próximas horas", disse também Liza Lukasheva, com 1 milhão de seguidores. Ela diz que continuará atualizando o TikTok, no qual é ainda mais popular

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O tom de tristeza virou crítica entre os ucranianos. Em um vídeo divulgado pelo grupo de mídia NEXTA — fundado em Belarus, mas atualmente sediado na Polônia —, uma influenciadora não identificada chora e diz que o Instagram "é a alma" dela". A rede de notícias respondeu ao vídeo no Twitter: "Ela não se importa com os milhares de mortos, incluindo seus compatriotas"

O tom de tristeza foi compartilhado por Nastya Ivleeva, que publicou uma foto um tanto chorosa com a seguinte legenda: "6 anos do meu trabalho como blogueira acabaram de ser cancelados"

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Já Anna Ivanova disse que o bloqueio é o fim de um ciclo de "10 anos e 5 milhões de seguidores". Em seu último post, ela desejou paz ao mundo e "força para sobreviver a todas as dificuldades"

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