Jovem cientista descobre 17 planetas fora do Sistema Solar
Michelle Kunimoto usou dados da missão espacial Kepler, da Nasa, para encontrar novos exoplanetas que orbitam estrelas distantes
Tecnologia e Ciência|Guilherme Carrara, do R7*
Michelle Kunimoto está apenas se formando em sua primeira graduação da faculdade, mas já tem um currículo invejável. A estudante de astrofísica da Universidade de Columbia, nos EUA, encontrou um total de 17 planetas utilizando dados disponibilizados online pela missão Kepler da Nasa.
O estudo, onde ela compartilha os dados das descobertas, foi publicado no The Astronomic Journal no dia 25 do último mês e destaca logo no título “incluindo um planeta em zona habitável”.
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“Esse planeta está a milhares de anos luz de distância, então não chegaremos lá tão rápido. Mas é uma descoberta muito empolgante, já que existem apenas 15 planetas confirmados em zonas habitáveis pelos dados coletados pela missão Kepler”.
O exoplaneta, que orbita uma estrela, recebeu o nome de KIC-7340288 b, provavelmente é rochoso e tem 1,5 vezes o tamanho do planeta terra.
Descobertas feitas com dados abertos da Nasa
Kunimoto encontrou esse e os outros 16 exoplanetas utilizando dados abertos e disponíveis online da missão Kepler, da Nasa, uma sonda que procurou por 10 anos planetas habitáveis no espaço.
“Sempre que um planeta passa em frente ao sol, ele bloqueia parte da luz e afeta como a sonda recebe a luz. Colocando essas peças juntas é possível descobrir informações sobre o planeta, como tamanho e sua órbita”, afirma Kunimoto.
Durante a missão, a sonda descobriu 2.899 possíveis candidatos a exoplanetas e confirmou a existência de 2.681 deles. A pesquisa revelou que até 50% das estrelas que vemos ao olhar para o céu têm pequenos planetas habitáveis em suas órbitas.
O que representa para a ciência
“A pesquisa indica que ainda existem planetas interessantes que ainda não foram descobertos na zona da sonda Kepler, principalmente os que emitiram pequenos sinais e forma descartados logo de cara. Além disso, uma das minhas descobertas está em uma zona habitável, a uma distância que o planeta possível para ter água, e assim vida”, diz a jovem cientista em entrevista à sua faculdade.
Kuminoto quer ampliar sua pesquisa em seu doutorado, que deve acontecer na Universidade da Califórnia.
*Estagiário R7, sob supervisão de Pablo Marques
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