Mark Zuckerberg vetou propostas para preservar a saúde mental de jovens no Instagram
Revelação foi feita após tribunal divulgar mensagens internas na empresa, que foi processada nos EUA por prejudicar o bem-estar de jovens para obter lucro
Tecnologia e Ciência|Do R7
Mark Zuckerberg vetou diversas propostas para melhorar a saúde mental de jovens e adolescentes que usam o Instagram e o Facebook. Em várias das situações, Mark em pessoa frustrou os planos de chefes da empresa, segundo mensagens reveladas em um processo movido contra a Meta que tramita em um tribunal de Massachusetts, nos Estados Unidos.
As comunicações mostraram que até mesmo o chefe do Instagram, Adam Mosseri, foi anulado por repetidas ordens de Zuckerberg.
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Mosseri e outros executivos pediram à empresa que fizesse mais para proteger o bem-estar e a saúde dos mais de 30 milhões de adolescentes que usam a plataforma apenas nos EUA, mas não foram atendidos pelo chefe da Meta.
Uma das iniciativas descartadas por Zuckerberg, em 2019, sugeria a desativação dos "filtros de beleza", que alteram a aparência de usuários. A tecnologia é apontada como responsável por expectativas irreais com a própria aparência.
Na resposta, dada no ano seguinte, Zuckerberg afirmou que os filtros tinham demanda de uso, e que não recebeu nenhum dado que confirmava que eles eram prejudiciais.
Em 2021, o presidente de Assuntos Globais da empresa, Nick Clegg, e outros executivos pediram "investimentos adicionais para fortalecer nossa posição no bem-estar em toda a empresa". Apenas meses depois, indiretamente Zuckerberg avisou que a "equipe era muito restrita para atender à solicitação".
O processo contra a Meta foi movido no fim de outubro por 42 procuradores-gerais em tribunais federais e estaduais e alega principalmente que a empresa "explorou deliberadamente as vulnerabilidades de jovens usuários para obter lucro".
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A ação reitera também que os aplicativos da Meta implementam recursos pensados para fazer jovens ignorarem o tempo excessivo na plataforma — rolagem infinita, notificações constantes e reprodução automática de stories são algumas das técnicas citadas.
Em resposta dada à CNN, a Meta afirma que "possui 30 ferramentas" pensadas para apoiar adolescentes e definir limites no uso dos aplicativos.
Em comunicado publicado após a divulgação das conversas, Andy Stone, porta-voz da empresa, afirmou que os filtros de beleza estão presentes em todas as plataformas, e no Instagram são proibidos os que "promovem diretamente cirurgias estéticas, mudanças na cor da pele ou perda extrema de peso".
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