Projeções para o mercado de games é de crescimento nos próximos quatro anos
PixabayAs previsões para o mercado brasileiro de games são otimistas. O faturamento dos jogos virtuais no país, considerando apenas videogames e computadores, deve subir de US$ 556 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões), em 2017, para US$ 803 milhões (cerca de R$ 3,2 bilhões), em 2022, com uma taxa de crescimento médio de 8,9% ao ano.
Essa subida não será alavancada só pelo consumo de consoles e jogos para videogames. Os computadores devem representar boa parte desse montante com as transações online. A projeção é que daqui quatro anos só os PCs movimentem US$ 534 milhões (R$ 2,1 bilhões).
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Um dos motivos para os videogames perderem tanto espaço para os computadores no Brasil vai além de uma questão de preferência nacional. A pirataria de produtos eletroeletrônicos transfere uma fatia desse mercado para lojas e fornecedores ilegais.
Jogos no celular
O mercado de jogos pelo celular e também pelas redes sociais terá um crescimento expressivo. O faturamento desse tipo de game foi de US$ 324 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão), no ano passado, e deverá subir para US$ 878 milhões (cerca de R$ 3,5 bilhões), em 2022, superando inclusive a receita de videogames e computadores.
Se na disputa pela preferência do consumidor o computador ganha do videogame, considerando o celular o brasileiro não tem dúvida de qual é a escolha. Pesquisa aponta que 78% dos fãs de games no país usam o smarphone para partidas.
Jogos gratuitos no celular são a preferência dos brasileiros
PixabayIsso porque nos smartphones existe uma grande variedade de jogos grátis. Basta acessar a Google Play ou a App Store e escolher uma opção para fazer o download.
Essa modalidade de game é conhecida como freemium, por ser uma experiência gratuita associada a serviços oferecidos para usuários premium, como a compra de itens dentro da própria plataforma de jogo. Essas transações online contribuem para um faturamento maior.
As propagandas durante os jogos online são uma característica das plataformas para celular, mas devem ser expandidas para outros segmentos. Em 2017, esse tipo de publicidade faturou US$ 31 milhões (cerca de R$ 124 milhões) e a estimativa é que esse valor chegue a US$ 61 milhões (cerca de R$ 244 milhões), até em 2022.
Realidade aumentada
Uma tendência que deverá ser confirmada nos próximos anos é o uso da realidade aumentada. Esse tipo de tecnologia permite que o jogador tenha uma experiência que misture o mundo real com projeções digitais.
Pokémon Go é um exemplo do uso de realidade aumentada em jogos
PIxabayAcredita-se que esses jogos fiquem cada vez mais comuns —principalmente, porque a Apple e o Google apostam nessa nova maneira de jogar.
As duas empresas possuem plataformas próprias para o desenvolvimento de games que vão muito além do joystick, do teclado ou de um celular.
Jogadores profissionais
Os jogos virtuais não são só uma diversão para adolescentes ou um passatempo sem compromisso. Os campeonatos profissionais movimentam muito dinheiro e devem crescer bastante nos próximos anos. Em 2022, as competições devem ter um crescimento de 30% no faturamento.
Rio de Janeiro recebeu a edição deste ano da Game XP
Sergio Morae/Reuters - 06.09.2018Os brasileiros gostam de games e também de assistir aos embates virtuais dos profissionais. Recentemente, o Rio de Janeiro foi a sede de uma das maiores competições do gênero. Inclusive, canais de esporte na TV fechada dedicaram uma parte da programação para a cobertura desse evento.
Mercado do futuro
Os EUA ainda são o maior mercado de games do mundo, concentrando grandes empresas de tecnologia e uma parcela considerável de consumidores. Porém, essa hegemonia pode estar prestes a ser quebrada.
Os chineses devem dominar o mundo dos jogos online em dois anos. O consumo de games por celular e as compras em plataformas online devem levar os chineses ao topo desse ranking.
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