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Tecnologia e Ciência

Morre Kevin Mitnick, o hacker mais procurado pelo FBI, aos 59 anos

Americano ficou famoso nos anos 1990, após invadir o sistema de segurança aeroespacial do Pentágono

Tecnologia e Ciência|Do R7

Morreu, aos 59 anos, Kevin Mitnick, considerado o hacker mais famoso e importante da história e, posteriormente, um notório profissional e teórico de segurança cibernética. Kevin foi vítima de um câncer de pâncreas, contra o qual lutava havia mais de um ano. Ele aguardava o nascimento do primeiro filho.

Ele chegou a ser considerado "o hacker mais procurado pelo FBI" e teve uma carreira que não deveu em nada a roteiros de cinema e televisão.

Após ser preso, Kevin se tornou consultor de segurança
Após ser preso, Kevin se tornou consultor de segurança

Até mesmo seu falecimento, no domingo (16), não foi exatamente comum: foi anunciado pela primeira vez no site de uma funerária de Las Vegas e só quatro dias depois foi descoberto pela imprensa.

Cultura hacker

Kevin foi um dos mais proeminentes integrantes da cultura hacker, que floresceu junto com a chegada dos primeiros computadores populares. Como muitos invasores da época, era jovem e gostava de exibir as próprias façanhas.


Aos 32 anos, foi preso pela primeira vez, acusado de invadir os sistemas e roubar softwares da Digital Equipment Corporation, uma das pioneiras na fabricação de computadores.

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Mas a "carreira" criminosa começara antes, aos 16 anos, quando invadiu o sistema da companhia telefônica Pacific Bell. Após ter sucesso, Kevin passou a ser monitorado por autoridades judiciais.


Aos 19, ele empreendeu uma das invasões mais conhecidas da história: acessou o sistema Norad (Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte), vinculado ao Pentágono, o que inspirou o filme Jogos de Guerra (1983). O crime gerou pânico nas autoridades, uma vez que o Norad cuida do lançamento de mísseis nucleares.

Por crimes desse tipo ele acabou na mira do FBI e foi preso, em 1995, e só libertado em 2000, após fazer um acordo em que se declarava culpado e não chegaria perto de dispositivos tecnológicos.


Após a libertação, Kevin já era famoso e aproveitou para se tornar consultor de cibersegurança, fundando a empresa Mitnick Security, em Las Vegas.

"Kevin era um visionário e um especialista em encontrar uma maneira de entrar em todas as organizações que ele estava autorizado a hackear", afirma um trecho do obituário dele. Sua esposa, Kimberley, está grávida de seu primeiro filho.

LEIA ABAIXO: Hackers exploram atalhos cerebrais para disseminar vírus, diz estudo

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