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Tecnologia e Ciência

Dona do ChatGPT anuncia reviravolta no comando e a volta de Sam Altman como CEO

Na semana passada, a OpenAI demitiu o executivo — em seguida contratado pela Microsoft — por 'falta de sinceridade nas suas comunicações'

Tecnologia e Ciência|Do R7

Sam Altman decidiu retornar à OpenAI
Sam Altman decidiu retornar à OpenAI

A empresa de tecnologia americana OpenAI, que desenvolveu a plataforma de IA (inteligência artificial) ChatGPT, anunciou na noite de terça-feira (21) o retorno de seu cofundador Sam Altman ao cargo de CEO, poucos dias após sua demissão pelo conselho de administração.

"Alcançamos um acordo de princípio para que Sam retorne à OpenAI como CEO com um novo conselho, formado por Bret Taylor [presidente], Larry Summers e Adam D'Angelo", anunciou a empresa na rede social X. Altman tinha sido demitido por "falta de sinceridade nas suas comunicações", uma decisão que pegou o mercado de tecnologia de surpresa.

Após a demissão surpreendente na sexta-feira (17), Altman foi contratado pela Microsoft para liderar uma nova equipe de pesquisa avançada em IA.

Altman afirmou que tem o apoio do CEO da Microsoft, Satya Nadella, para retornar ao comando da OpenAI, que tem uma parceria com o gigante do setor de tecnologia.


"Com o novo conselho e o apoio de Satya, estou ansioso para retornar à OpenAI e construir nossa forte parceria com (a Microsoft)", escreveu no X.

A saída de Altman provocou uma onda de choque no mundo da IA e uma série de reações. Na segunda-feira, dia do anúncio da contratação de Altman pela Microsoft, Emmett Shear, cofundador da Twitch, informou que aceitou o convite para assumir o posto de CEO interino da OpenAI.


A demissão de Altman também provocou uma rebelião na empresa que criou o ChatGPT. Uma carta publicada em vários meios de comunicação americanos informava que quase 700 dos 770 funcionários da OpenAI ameaçavam pedir demissão se Sam Altman, 38 anos, não retornasse ao comando do grupo.

O lançamento da primeira versão do ChatGPT, em 30 de novembro de 2022, foi o tiro de largada de uma corrida pela IA generativa, que tem a capacidade de criar conteúdo na forma de texto, imagens e sons a partir de instruções do usuário.


Além de Altman, retorna à OpenAI o seu colega Greg Brockman, que presidia o conselho de administração da empresa e que também havia anunciado que trabalharia na Microsoft.

A OpenAI foi fundada em 2015 como uma associação sem fins lucrativos. Estabeleceu uma parceria com a Microsoft, que investiu bilhões de dólares e permitiu acesso a sua infraestrutura tecnológica para possibilitar o desenvolvimento de modelos de IA cada vez mais eficientes. 

A queda surpreendente de Sam Altman recordou a algumas pessoas do Vale do Silício a demissão de Steve Jobs pela Apple em 1985.

Jobs retornou anos depois ao grupo que havia fundado para iniciar uma etapa de grande avanços da Apple, com o lançamento de produtos como o iPhone.

O novo conselho de administração da OpenAI continua tão pequeno quanto o anterior, mas com uma diferença drástica em termos de experiência dos novos integrantes, todos homens.

A nova diretoria é presidida por Bret Taylor, de 43 anos, um dos criadores do Google Maps, ex-executivo da empresa especializada em softwares Salesforce, diretor técnico do Facebook e membro do conselho de administração do Twitter até a aquisição da rede social por Elon Musk.

Larry Summers, de 68 anos, professor de Harvard, já foi secretário do Tesouro dos Estados Unidos e economista-chefe do Banco Mundial.

Adam d'Angelo, de 39 anos, é uma figura muito conhecida no Vale do Silício. Ele é um dos sobreviventes do conselho anterior. Ele fundou o site de perguntas e respostas Quora.

O comunicado não cita Ilya Sutskever, cientista-chefe da OpenAI e cofundador da empresa, nem a empresária Tasha McCauley ou Helen Toner, diretora de estratégia de um instituto de pesquisas em novas tecnologias, o que pode ser um indício de que não participarão na nova etapa do grupo.

Ilya Sutskever já havia expressado muitas preocupações com os avanços da IA. 

Alguns especialistas consideram que a IA generativa terá a capacidade de transformar setores inteiros da economia. A tecnologia gera entusiasmo, mas também grandes preocupações sobre o potencial perigo para a democracia (desinformação em larga escala) ou para os empregos.

© Agence France-Presse

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