Estudo afirma que dinossauros podem ter sido extintos devido a toxinas no ar

Cientistas analisaram amostras de rochas e comprovaram que os níveis de enxofre e de atividades vulcânicas estavam muito elevados

04/12/2023 - 02h00 (Atualizado em 16/02/2024 - 01h54)

Novas pesquisas feitas por cientistas deram fortes indícios de que, mesmo antes de o meteoro que supostamente aniquilou os dinossauros, há 66 milhões de anos, atingir a Terra, o planeta sofria com toxinas que poderiam acabar com toda a vida existente.

O estudo, publicado no periódico Science Advances, mostrou que naquela época a qualidade do ar era péssima, o que era agravado por um ápice de atividade vulcânica, combinação que gerava temperaturas extremamente baixas.

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Os pesquisadores analisaram os níveis de enxofre nas rochas das chamadas "Armadilhas Deccan" — que já foi uma das maiores formações vulcânicas do mundo, na Índia — e viram que os altos níveis detectados teriam causado condições extremamente desagradáveis.

"O vulcanismo das Armadilhas Deccan preparou o cenário para uma crise biótica global, deteriorando repetidamente as condições ambientais ao forçar invernos vulcânicos curtos e recorrentes", disse a geocientista da Universidade de Oslo, Sara Callegaro, em um comunicado oficial.

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De acordo com a professora, os altos níveis de enxofre teriam tornado quase impossível a sobrevivência da maioria das formas de vida.

Ela afirma que as condições climáticas eram certamente instáveis, com repetidos invernos vulcânicos que poderiam ter durado décadas, e que essa instabilidade teria dificultado a vida de todas as plantas e animais e preparado o cenário para o evento de extinção dos dinossauros.

Essas informações põem mais lenha no debate entre os cientistas que divergem nas opiniões de como os répteis gigantes que dominaram a Terra por milhões de anos foram extintos.

Seca assustadora revela pegadas de dinossauros de mais de 110 milhões de anos atrás

O estado do Texas, nos Estados Unidos, atualmente enfrenta uma das maiores secas de sua história. No entanto, nem tudo são espinhos para os moradores da região. Novas pegadas de dinossauros, que especialistas acreditam ser de 110 milhões de anos atrás, foram encontradas no Dinosaur Valley State Park, justamente por causa do ressecamento das águas da região

Dentro do parque é possível encontrar diversas marcas das patas de saurópodes e terópodes (animais gigantescos que poderiam chegar a pesar mais de 40 toneladas). O local é um ponto de encontro ds amoantes desses lagartos gigantes que andaram sobre a superfície da Terra

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O parque é lar do agora praticamente seco rio Paluxy, que costumava ser a grande atração para os turistas, que iam até a reserva para pescar, nada e andar de caiaque

Paul Baker, gerente do Dinosaur Valley State Park, disse em uma entrevista à CNN que nunca tinha visto tantos vestígios de dinossauros antes. Ele é responsável, entre outras coisas, por limpar e mapear as pegadas presentes no local

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"É emocionante ver algo que ninguém mais viu; de certa forma, é quase como uma caça ao tesouro. Pensei ter visto todas as pegadas de dinossauro que existem, mas nos últimos dois anos, com as secas que tivemos e o trabalho árduo dos nossos voluntários, enxergamos algo simplesmente incrível", disse Baker

Glen Kuban, responsável por escrever sobre as pegadas encontradas, afirmou que planeja ampliar as buscas e os estudos das marcas em duas regiões e incluir aquelas que anteriormente estavam soterradas pela lama e pela água

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"Mesmo quando o rio está seco, as trilhas normalmente ficam sob grandes quantidades de cascalho, areia e lama seca. Muitos voluntários levam vários dias — neste caso, semanas — para remover os sedimentos que cobrem e preenchem os trilhos", completou Kuban

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