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Propagandas enganosas feitas por IA são motivo de preocupação no Reino Unido e no Brasil

Meta, dona do Facebook e do Instagram, é acusada por consumidores britânicos de facilitar proliferação desse material

Tecnologia e Ciência|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Propagandas enganosas com imagens falsas geradas por IA causam preocupação no Reino Unido e no Brasil.
  • Mais de 60 consumidores britânicos acusam a Meta, dona do Facebook, de permitir essas práticas fraudulentas.
  • Especialistas alertam que o modelo de dropshipping, que envolve a revenda de produtos de baixa qualidade, é um problema crescente em ambos os países.
  • O Supremo Tribunal Federal decidiu que plataformas devem ser responsabilizadas por anúncios enganosos, permitindo que consumidores processam por danos.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Os anúncios feitos por inteligência artificial mostram um produto de alta qualidade, mas a realidade é frustrante. Mais de 60 consumidores do Reino Unido acusam a Meta, empresa dona do Facebook e Instagram, de permitir a proliferação de propagandas enganosas com imagens falsas produzidas por IA. Essas empresas se passavam por outras e não tinham sempre os produtos em estoque. Por isso contavam com fornecedores externos de baixa qualidade na Ásia. Buscando explicações, a RECORD NEWS entrou em contato com a Meta, mas não obteve respostas.

O advogado especialista em direito digital Luiz Augusto D’urso explicou em entrevista ao Conexão Record News desta segunda (8) que este modelo de negócio, conhecido na internet como dropshipping, também é um problema no Brasil. Ele aponta que estes perfis de lojas virtuais costumam adquirir os produtos de outros sites de compras online e revendê-los para os clientes, que reclamam da queda na qualidade e da demora na entrega, já que o item vinha diretamente da China.


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Augusto afirma, entretanto, que o dropshipping deixou de ser um problema após o governo instaurar a “taxa das blusinhas” que elevou o valor do produto e assim desencorajou a continuidade do modelo; mas alerta que o uso da IA para criar anúncios enganosos continua sendo uma realidade tanto no Brasil quanto no Reino Unido.

Então como se proteger da propaganda mal-intencionada? O advogado responde: “Sempre quando o usuário encontrar uma publicidade lá nas redes sociais que levem para um perfil na própria rede social ou para um site de uma marca que você nunca viu é recomendável verificar se essa loja tem endereço físico, se existem reclamações do site e se ela não está dentro da lista dos sites que aplicam golpes do Procon”.


O especialista também traz boas notícias ao lembrar que o Supremo Tribunal Federal julgou em 2025 o artigo 19 do Marco Civil da internet, sobre a responsabilidade das redes e das plataformas em relação a conteúdos patrocinados, como é o caso destes anúncios. Ficou determinado que de agora em diante as plataformas passam a ter uma responsabilidade objetiva, ou seja, caso alguém seja enganado por algum anúncio na internet, a plataforma pode ser obrigada a indenizar o consumidor.

Ele completa: “Assim que essa decisão do Supremo for publicada no diário oficial, ela passa a ter efeito, o que significa que qualquer vítima poderá processar a plataforma e, na maioria dos casos, estas serão obrigadas a pagar pelo dano causado por um link patrocinado ou uma publicidade enganosa dentro da rede.”

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