'Roubar dados bancários é o principal objetivo', diz hacker
Golpes na internet buscam usuários desatentos para coletar dados valiosos, como números de cartão de crédito, e vender na Deep Web
Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7
A internet não é um ambiente seguro e hackers estão a postos para aplicar golpes e roubar dados. Muitas pessoas acreditam que a ação de um cibercriminoso é algo complexo, mas as estratégias podem ser bem simples. Uma navegação desatenta pode ser suficiente para criar brechas que favorecem esse tipo de crime.
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"Qualquer pessoa pode ser vítima de um hacker. Basta clicar em um link falso ou fazer o download de um programa malicioso para ter um equipamento invadido", explica o hacker especializado em segurança digital Igor Rincon.
O phishing é um dos golpes mais usadas para roubar informações de alguém na internet. Funciona assim: alguém envia um e-mail sobre um assunto de interesse da vítima com um link malicioso. Os nomes de empresas e bancos conhecidos são usados com frequência para dar mais veracidade e forçar a própria pessoa a entregar dados em um cadastro falso.
“O principal objetivo de um ataque hacker é roubar dados bancários, mas também existe interesse em obter senhas e logins ou coletar informações pessoais comprometedoras para chantagear alguém”, diz Rincon.
As informações conseguidas em um golpe online são valiosas. Números de cartões de crédito e senhas de acesso de plataformas como Netflix e Spotify são vendidas em grandes lotes na Deep Web.
"Os números de cartão de crédito são vendidos por preços diferentes conforme o limite e o tipo. Um cartão black ou platinum, por exemplo, permite compras de alto valor sem fugir do padrão de comportamento do cliente e o banco demora para identificar a ação" explica o hacker.
O coordenador do curso de Defesa Cibernética da FIAP, Humberto de Souza, diz que os usuários devem prestar atenção aos detalhes para identificar uma fraude.
“Os erros de português são um bom indício de que um e-mail é uma tentativa de golpe e não uma mensagem real", explica Souza.
O professor orienta também a entrar em contato diretamente com a loja ou com o banco para checar a veracidade das mensagens recebidas. "Endereços de sites e nomes de promoções podem ter mudanças sutis para enganar as vítimas e roubar dados".