‘Totalmente protegidos’, diz CEO de empresa responsável por apagão cibernético sobre clientes
Problema foi causado por uma falha em um dos sistemas de segurança da companhia
Tecnologia e Ciência|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O CEO e co-fundador da CrowdStrike, George Kurtz, empresa de segurança digital responsável pelo apagão cibernético desta sexta-feira (19), reforça que o problema não foi causado por um ataque cibernético e que “clientes permanecem totalmente protegidos”. Kurtz afirma, ainda, que a empresa está trabalhando com os clientes que foram afetados para garantir a manutenção do sistema.
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A empresa afirma que o problema foi identificado e que uma correção foi implantada. “Houve um problema com uma atualização de conteúdo do Falcon para hosts do Windows”, explica. O apagão teve início na madrugada desta sexta-feira e impactou diversos setores de todo o mundo, incluindo serviços bancários, aeroportuários e financeiros.
O que causou o apagão?
Houve uma falha em um dos sistemas de segurança — chamado de Falcon — da companhia CrowdStrike. O software é utilizado na proteção de dados de diversas empresas, como a Microsoft.
O que disse a Microsoft?
Como uma das empresas seguradas pela CrowdStrike, sistemas da Microsoft - como o Windows - foram impactados. Em uma atualização mais recente, a Microsoft disse que conseguiu identificar a causa do problema e que está trabalhando para restaurar o acesso de todos os usuários.
Quais serviços foram afetados?
A falha no sistema impactou diversos setores em todo o mundo. Um dos principais foi o aeroportuário, com passageiros de vários países com dificuldade de embarcar e até mesmo sem a possibilidade de acessar os bilhetes.
Empresas aéreas, como American Airlines, KLM, Ryanair, Delta, United Airlines, entre outras, estão com dificuldade para embarcar passageiros devido ao apagão.
Nos Estados Unidos, os aeroportos de Los Angeles, La Guardia (Nova York), Filadélfia, Fort Lauderdale, Washington-Dulles, Washington-Reagan, Detroit, Dallas-Fort Worth, Atlanta e Charlotte enfrentavam atrasos médios nos voos de até 157 minutos, segundo o site de rastreamento Flightradar24. O mesmo cenário se repetiu em importantes terminais aeroportuários da Europa, com atrasos em massa em Amsterdã, Zurique, Paris (Orly) e Londres (City e Stansted).
Um passageiro na Índia relatou que as passagens aéreas, normalmente digitalizadas, estão sendo preenchidas à mão e entregues aos passageiros. “Vi o primeiro cartão de embarque escrito à mão. De volta ao básico”, brincou.