WhatsApp é usado para difundir pornografia infantil, dizem ONGs
Entidades israelenses encontraram grupos destinados para a troca de fotos e vídeos de crianças sendo abusadas; empresa diz ter política de tolerância zero
Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7
O WhatsApp estaria sendo usado para compartilhar fotos e vídeos de pornografia infantil. As informações foram publicadas site TechCrunch e pelo jornal Financial Times na última quinta-feira (20).
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A investigação sobre a difusão de fotos e vídeos ilegais pelo aplicativo foi feita pelas ONGs Netivei-Reshet e Screensaverz, de Israel. Foram encontrados grupos com até 256 participantes, o número máximo de participantes, com nomes e fotos de perfis que indicavam explicitamente a distribuição de conteúdos de crianças sendo abusadas.
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A equipe reduzida do WhatsApp seria um limitante para um controle mais rigoroso desses grupos. Atualmente, a empresa conta com 300 funcionários para moderar uma comunidade composta por 1,5 bilhão de usuários.
Segundo o TechCrunch, o WhatsApp seria uma forma segura para os criminosos agirem por conta da criptografia de ponta-a-ponta. Esse recurso de segurança garante que a mensagem ou a mídia enviada não seja acessadas por qualquer outra pessoa que não o destinatário.
O aplicativo foi alvo de críticas de autoridades de diversos países, inclusive no Brasil, pela impossibilidade de acessar mensagens que poderiam contribuir com investigações de crimes.
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Um porta-voz do aplicativo diz que, embora a pornografia adulta legal seja permitida no WhatsApp, foram banidas 130.000 contas em um período de 10 dias por violar políticas contra a exploração infantil. Em uma declaração pública, o WhatsApp escreveu que:
Procurado pelo R7, o WhatsApp envio o seguinte comunicado assiando pelo porta-voz da empresa:
“O WhatsApp tem uma política de tolerância zero em relação ao abuso sexual infantil. Nós implantamos nossa tecnologia mais avançada, incluindo inteligência artificial para escanear fotos de perfil e banir ativamente contas suspeitas de compartilhar este conteúdo repulsivo. Também respondemos aos pedidos de autoridades em todo o mundo e denunciamos imediatamente os abusos ao NCMEC (Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas). Infelizmente, como as lojas de aplicativos e os serviços de comunicação estão sendo mal utilizados para disseminar conteúdo abusivo, as empresas de tecnologia precisam trabalhar juntas para conter isso.”
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