O inquérito que apurou o caso do estudante Leonardo Moura, de 30 anos, foi remetido, nesta quarta-feira (27), para o Ministério Público (MP), e aponta como causa da morte a queda de uma balaustrada. Os familiares desconfiavam que o homem teria sido vítima de homofobia. Foram ouvidas 14 testemunhas na 1ª DH/Atlântico (Delegacia de Homicídios), entre elas, socorristas, policiais militares, familiares, moradores da região e a médica do HGE (Hospital Geral do Estado) que prestou o primeiro atendimento ao rapaz.
A delegada Mariana Ouais, titular da 1ª DH, que presidiu o inquérito, diz que após ouvir tantas testemunhas considera o caso resolvido.
— Não existem imagens no local onde ele caiu, mas as informações coletadas, principalmente as testemunhas e os profissionais de saúde, são suficientes para fecharmos o caso.
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Segundo a polícia, a médica informou em depoimento que Leonardo chegou ao hospital sujo de areia e com lesões condizentes com o relato de queda, feito pelos socorristas do SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência).
— Ele não queria ficar na maca, saía o tempo todo. Tanto que fui avisar ao chefe do plantão que ele estava inquieto [...] Ao voltar para sala de sutura, onde Leonardo estava, não o encontrei e relatei o sumiço.
Sobre as bolsas de sangue na parte inferior do olho de Leonardo, a médica explicou que essa lesão é compatível com o acúmulo de sangue que o estudante apresentava no dia seguinte a sua entrada no centro de saúde. Segundo a polícia, essa versão coincide com a de três testemunhas, que dizem ter visto o estudante cair com o rosto voltado para a areia.