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Acusação entrega alegações finais antes do prazo para acelerar impeachment

Autores do processo tinham 48 horas para entregar documento, mas o fizeram em 12 horas

Brasil|

Defesa de Dilma tem até sexta (12) para entregar alegações finais
Defesa de Dilma tem até sexta (12) para entregar alegações finais Defesa de Dilma tem até sexta (12) para entregar alegações finais

Os autores do processo de impeachment entregaram nesta quarta-feira (10) as suas alegações finais sobre o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e decidiram indicar apenas três testemunhas para acelerar o desfecho do processo.

De acordo com a lei, acusação e defesa teria até 48 horas para apresentar o chamado libelo, peça final com alegações, e poderia arrolar até seis testemunhas para o julgamento.

A acusação, no entanto, não esperou nem 12 horas após o fim da sessão do Senado que transformou Dilma em ré.

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"Para que procrastinar a solução de uma controvérsia que a todos incomodam e causam um desconforto político e doloroso?", questionou o advogado João Berchmans.

Berchmans disse que a acusação ainda vai analisar se vai abrir mão das três testemunhas indicadas e defendeu que o julgamento pode começar já no dia 23.

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Ele lembrou, no entanto, que essa é uma decisão que cabe ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, responsável por conduzir essa etapa do processo.

O advogado também desqualificou a iniciativa de parlamentares que apoiam Dilma de recorrer à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

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"Tudo é lícito pedir ao rei, mas se o rei vai deferir ou não, essa é outra questão. Esse processo se encontra blindado. Ele já foi questionado diversas vezes pela defesa da presidente afastada, inclusive no Supremo Tribunal Federal", disse.

Para Berchmans, essa atitude demonstra "que a presidente se encontra como aquele peixe que se debate, porque ele está fora do aquário, fora do oceano, e já não encontra mais como respirar e se encontra nos últimos momentos do seus atos". Ele classificou o processo de impeachment como uma "opera trágica" e disse que Dilma e sua equipe de defesa "são personagens burlescos".

O documento, de nove páginas, é assinado pelos juristas Miguel Reale Jr. e Hélio Bicudo e pela advogada Janaina Paschoal. As testemunhas indicadas foram o representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo Oliveira, e os auditores federais do TCU Antônio Carlos Costa e Leonardo Rodrigues.

O advogado de defesa de Dilma, José Eduardo Cardozo, tem até sexta-feira (12) para entregar a peça com as alegações finais.

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