O AGU (Advocacia-Geral da União) disse nesta quarta-feira (4) que o Estado brasileiro vai recorrer da decisão da juíza Adverci Rates Mendes de Abreu, que determinou a deportação do italiano Cesare Battisti. Em fevereiro, a magistrada atendeu a um pedido do Ministério Público Federal e considerou ilegal ato do Conselho Nacional de Imigração que concedeu a Battisti visto de permanência definitiva no Brasil.
"A AGU, quando intimada, recorrerá da decisão. O fundamento jurídico é a defesa do Ato de Concessão de Permanência, proferido pelo Conselho Nacional de Imigração, órgão colegiado vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego", informou a entidade.
Justiça determina deportação do ativista Cesare Battisti
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Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo. Ele chegou ao Brasil em 2004, onde foi preso três anos depois. O governo italiano pediu a extradição do ex-ativista, aceita pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil e o ato foi confirmado pelo STF.
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A Corte entendeu que a última palavra no caso deveria ser do presidente, porque se tratava de um tema de soberania nacional. Battisti foi solto da Penitenciária da Papuda, em Brasília, em 9 de junho 2011, onde estava desde 2007. Em agosto daquele ano, o italiano obteve o visto de permanência do Conselho Nacional de Imigração.