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Ao NYT, Temer diz que falou com Dilma pela última vez no fim de janeiro

Segundo o vice, ele e a presidente não são amigos

Brasil|

Com Dilma nos EUA, Michel Temer assumiu presidência interinamente
Com Dilma nos EUA, Michel Temer assumiu presidência interinamente Com Dilma nos EUA, Michel Temer assumiu presidência interinamente

No mesmo dia em que Dilma Rousseff deve denunciar o "golpe" em curso no Brasil às Nações Unidas, em Nova York, o presidente em exercício Michel Temer voltou a negar ilegalidades no processo de impeachment da petista e afirmou que esteve em "ostracismo absoluto" nos últimos quatro anos. Depois de falar ao Wall Street Journal e ao Financial Times, ele concedeu uma entrevista ao The New York Times.

Segundo Temer, Dilma e ele nunca foram amigos, mal se cumprimentando com cerimônia, e a última vez que se falaram foi no final de janeiro.

— Nós não somos amigos porque ela não se considerava minha amiga.

Temer voltou a defender a legalidade do impeachment da presidente.

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"Estou muito preocupado com a intenção da presidente de dizer que o Brasil é alguma republiqueta onde golpes acontecem", afirmou, em referência ao discurso do governo e do PT de que o processo de afastamento de Dilma - que após aprovação da Câmara tramita agora no Senado — é uma "fraude política".

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O vice também voltou a dizer que não pretende interferir nas investigações de corrupção e defendeu seus aliados das suspeitas de irregularidades. Temer disse que não pediria a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para renunciar à presidência da Câmara.

— Esse é um assunto para o Supremo Tribunal Federal decidir.

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O jornal americano questionou o vice sobre as menções a ele em delações premiadas, como do senador Delcídio Amaral (ex-PT). Temer se disse inocente e afirmou que suas conexões com executivos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras se deveram às suas responsabilidades burocráticas como presidente do PMDB.

O jornal destaca que Temer assumiria o maior país da América Latina enfrentando uma crise econômica, uma epidemia de zika, um furioso clima político e uma Olimpíada — tudo ao mesmo tempo. Apesar disso, o peemedebista diz que mantém esperança de promover uma espécie de catarse, reunindo um "governo de unidade nacional". Citando Juscelino Kubitschek, Theodore e Franklin Roosevelt, Temer disse que quer criar um "governo de otimismo". "É preciso fazer nascer de novo a esperança", afirmou.

A publicação ressalta ainda que Temer, segundo pesquisas, teria 2% das intenções de voto se houvesse uma eleição hoje e esteve tão raras vezes no foco nacional que muitos brasileiros o conheciam por sua mulher, Marcela. Mais de 30 anos mais nova, ela chamou a atenção na posse de Dilma e tem uma tatuagem com o nome do vice na nuca, lembra o jornal.

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