Após confusão, Câmara distribui senha para manifestantes acompanharem Comissão de Direitos Humanos
Apenas 40 manifestantes foram liberados para assistir à sessão presidida por Marco Feliciano
Brasil|Marina Marquez, do R7, em Brasília
Após a manifestação na última sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados distribuiu senha para 40 manifestantes poderem acompanhar a audiência desta quarta-feira (27), presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
Apenas os quem têm senha, deputados, assessores parlamentares e a imprensa credenciada foram liberados para entrar na sala. Naquela ocasião, Feliciano se irritou com os protestos e abandonou a sessão.
De acordo com a segurança, as senhas foram distribuídas pela manhã, sendo 20 para manifestantes pró-Feliciano e 20 para manifestantes contra a presença dele na presidência da comissão. Já dentro da sessão, Feliciano pediu respeito aos manifestantes.
— Manifestação é permitida, mas perturbação da paz, não. Isso aqui é uma casa de decência
Na última terça-feira (26), o PSC manteve o apoio ao pastor e disse que não vai abrir mão da indicação de Feliciano à presidência da comissão.
O presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), conversou com lideranças de vários partidos depois da decisão e convidou Feliciano para uma conversa na próxima terça-feira (2) para tentar convencê-lo de abrir mão do cargo "pelo andamento dos trabalhos". Ele, no entanto, disse que vai continuar.
Os manifestantes que não conseguiram entrar estão na porta da sala. Dentro da comissão, manifestantes pró e contra Feliciano cantam diferentes "gritos de guerra".
Entre as frases que são ditas estão "Fica Feliciano" e "Até o Papa já renunciou, Feliciano sua hora já chegou".