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Câmara recusa 2ª denúncia e salva Michel Temer de processo no STF

Rejeição da acusação recebeu 251 votos favoráveis e 233 contrários

Brasil|Juliana Moraes, Alexandre Garcia e Raphael Hakime, do R7

Presidente Michel Temer escapou novamente de processo no Supremo
Presidente Michel Temer escapou novamente de processo no Supremo Presidente Michel Temer escapou novamente de processo no Supremo

O plenário da Câmara dos Deputados conseguiu os votos necessários para aprovar o parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), nesta quarta-feira (25), e rejeitar a segunda denúncia apresentada contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB).

Ao todo, foram 251 votos a favor do relatório, 233 contrários, 2 abstenções e 25 deputados ausentes. 

Às 20h35, a base governista já tinha o placar que precisava para barrar a denúncia: 157 votos favoráveis ao relatório do deputado tucano, além de 14 ausências e 1 abstenção.

Essa soma já atingia 172 deputados, ou seja, um terço do total de parlamentares da Casa.

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Assim, a oposição não conseguia mais chegar aos 342 votos "não" necessários para recusar autorizar o STF (Supremo Tribunal Federal). No mesmo horário, eram apenas 136 votos contrários a Temer.

Com esse resultado, a Câmara livra o peemedebista de responder no STF ao processo que, se fosse instalado, causaria o afastamento do presidente por até 180 dias. Agora, Temer só poderá ser processado após deixar o cargo de presidente da República.

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Acusação

Temer era acusado dos crimes de organização criminosa e obstrução de justiça pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

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Além de Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), o empresário da J&F Joesley Batista e mais cinco pessoas eram alvo da ação do então procurador-geral da República.

Para autorizar o STF a investigar o presidente, eram necessários 342 votos contrários ao parecer do deputado tucano. Por outro lado, no caso de Temer, eram necessários 172 votos para provocar o arquivamento da denúncia.

Plenário da Câmara estava lotado para a votação
Plenário da Câmara estava lotado para a votação Plenário da Câmara estava lotado para a votação

Relembre a denúncia

Em setembro de 2017, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou uma denúncia em que acusava Temer e seus ministros.

De acordo com relatório do MPF (Ministério Público Federal), os integrantes do PMDB arrecadaram propinas, estimadas em R$ 587 milhões. O Palácio do Planalto, por sua vez, nega todas as acusações.

No total, nove pessoas foram denunciadas por Janot: Temer, Padilha e Moreira Franco, que têm foro privilegiado; os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo da Rocha Loures; o empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, ambos da J&F.

Todos eles são acusados de organização criminosa. Porém, apenas Temer, Joesley Batista e Ricardo Saud são suspeitos de obstrução de Justiça.

Janot baseou as acusações em três documentos: a delação de Batista, a delação do doleiro Lúcio Funaro (apontado como operador de propinas do PMDB) e a investigação da Polícia Federal sobre o chamado "quadrilhão do PMDB".

Os integrantes do PMDB são acusados pela PF (Polícia Federal) de formar uma organização criminosa com atuação em frentes como a Petrobras, a Caixa Econômica Federal, a Câmara dos Deputados e o Ministério da Agricultura, para conseguir captar recursos e adquirir vantagens ilícitas.

Apoiador de Temer, Wladimir Costa levou cartaz
Apoiador de Temer, Wladimir Costa levou cartaz Apoiador de Temer, Wladimir Costa levou cartaz

Primeira denúncia arquivada

Esta é a segunda vez que a Câmara vota uma denúncia contra Michel Temer.

A primeira foi votada pela Casa em 3 de agosto, se tornando a primeira vez na história do Brasil em que um presidente foi acusado de um crime comum (corrupção passiva) durante o exercício do mandato.

A denúncia, no entanto, foi arquivada na Câmara dos Deputados por 263 votos a 227.

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