Com confusão na Câmara, Feliciano troca sala de comissão e proíbe entrada de manifestantes
Após empurra-empurra, jornalistas reclamam de agressão e de equipamentos terem sido quebrados
Brasil|Do R7
A confusão na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados continua na tarde desta quarta-feira (27), depois que o deputado e presidente da comissão, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), pediu a prisão de um manifestante que o acusou de racismo.
Diante de gritos e empurra-empurra, Feliciano suspendeu a sessão para trocar de sala e proibiu a entrada de manifestantes.
Durante a transferência, a confusão ficou ainda maior e muitos manifestantes, repórteres e cinegrafistas reclamaram de agressão por parte dos policiais legislativos no corredor das comissões da Câmara, que não tem mais de dois metros de largura.
O tripé das câmaras da TV Record e TV Brasil foram quebrados enquanto a imprensa tentava entrar na sala. Inicialmente, a polícia liberou apenas deputados e convidados da comissão para a audiência.
Um tempo depois, poucas pessoas da imprensa foram liberadas para entrar na sala, e Feliciano retomou a sessão.
Fora da sala, os manifestantes continuam gritando e tentando entrar.
Depois de uma reunião de praxe do PSC na última terça-feira (26), Feliciano ganhou o apoio do partido para permanecer no comando da Comissão. Líderes de partidos, porém, comandados pelo presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), se reuniram ontem para discutir a polêmica e tentar encontrar uma solução.
Senhas
Para evitar confusões como a de hoje e a da semana passada, quando Feliciano se irritou com os gritos que pediam sua renúncia e decidiu abandonar a sessão, a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados liberou apenas 40 senhas para os manifestantes nesta quarta-feira (27). Eram 20 favoráveis à continuidade de Feliciano na presidência da Comissão e 20 contrários à proposta.