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Cunha: Meu compromisso é com a votação da terceirização, não com o conteúdo

Após uma reunião com líderes partidários, presidente conseguiu acordo para evitar a derrota

Brasil|

Trabalhadores protestaram contra projeto de terceirização
Trabalhadores protestaram contra projeto de terceirização Trabalhadores protestaram contra projeto de terceirização

Na iminência de uma derrota na votação dos destaques do Projeto de Lei 4.330/20014, que regulamenta a terceirização, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu recuar. Com o PSDB dividido e partidos favoráveis ao projeto mudando de opinião, os parlamentares ameaçavam aprovar o requerimento do PSD, adiando a sessão. O adiamento em decisão de plenário seria uma derrota para Cunha, que tinha como meta votar hoje as 12 emendas que mudavam o texto-base do projeto aprovado na semana passada.

Após uma reunião de emergência com líderes partidários, convocada por ele, o presidente conseguiu acordo para evitar a derrota.

— Se você vai aprovar o requerimento de forma muito apertada como eu acho que iria acontecer, você também vai ter votações muito apertadas. Ou seja, vai acabar com a produtividade, não vai acabar rendendo.

Ele anunciou o adiamento da votação para a próxima quarta-feira (22).

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— É melhor o acordo. Minha preocupação não era nem concluir ou não concluir hoje. Minha preocupação é não ter utilização de matérias que possam estar chegando do Senado e que efetivamente trancam a pauta.

Mas Cunha minimizou o recuo e evitou falar em derrota, a segunda seguida após a mudança de texto apresentada ontem pelo PSDB e que contou com aval do PT, tirando as empresas públicas da nova regra da terceirização.

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— Não encaro como nenhuma derrota, porque esse não é meu projeto. Este é um projeto que atende ao País. Eu não tenho nenhum compromisso com nenhum artigo deste projeto. Nenhum deles é da minha autoria. Não tenho interesse que vote a tese A ou a tese B. Tenho interesse que conclua, que a Câmara vote, que mostre sua produtividade para o País. Meu compromisso é com a votação. Meu compromisso não é com o conteúdo. A gente sabe que é da política fazer adiamentos para fazer acordo.

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), comemorou o adiamento da votação. Segundo ele, PMDB, DEM e PSC ficaram isolados na defesa da continuidade da sessão.

— Finalmente as vozes divinas prevaleceram sobre nossas cabeças. Prevaleceu o bom senso.

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