Dilma parabeniza Renan pela vitória no Senado
Senador alagoano foi eleito presidente da Casa com o voto de 56 parlamentares
Brasil|Do R7, com TV Record Brasília
A presidente Dilma Rousseff telefonou no final da tarde desta sexta-feira (1°) para o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para cumprimentá-lo pelo sucesso na eleição à presidência do Senado.
O senador alagoano foi eleito com os votos de 56 dos seus colegas senadores. O adversário, Pedro Taques (PDT-MT), teve apenas 18. As urnas registraram ainda dois votos em branco e dois nulos, e três senadores não compareceram à votação.
O telefonema presidencial aconteceu por volta das 17h, assim que Dilma retornou da viagem que fez ao Estado do Pará.
Quem também ligou para cumprimentar Renan por sua vitória no Senado foi o vice-presidente, Michel Temer, que é presidente licenciado do PMDB.
A ligação aconteceu logo depois do anúncio do resultado das apurações.
Temer elogiou o colega de partido pelo discurso positivo que, segundo o vice-presidente, demonstra “superação das divergências, tem caráter conciliador e está voltado para o futuro, para a pacificação do Senado”.
Durante a eleição de Renan, a oposição apresentou um abaixo-assinado com mais de 290 mil assinaturas contra a candidatura de Calheiros, mas mesmo assim não conseguiu maioria dos votos.
O senador alagoano era presidente do Senado em 2007. Depois de enfrentar uma crise iniciada com denúncias de que suas contas pessoais eram pagas com dinheiro de propina de lobistas, renunciou à presidência e nos últimos anos trabalhou nos bastidores para garantir sua volta com apoio da maioria dos parlamentares.
Na época, vieram à tona acusações de que a jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha, recebia pensão de R$ 16,5 mil do senador. Com o salário de R$ 12,7 mil, Renan Calheiros alegou que a despesa era paga com dinheiro de sua renda complementar, obtida por meio de negociações agropecuárias.
O senador apresentou notas fiscais para comprovar vendas de cabeças de gado e justificar seus rendimentos, negando qualquer tipo de envolvimento com lobistas.
No entanto, a uma semana da eleição no Senado, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentou denúncia ao STF afirmando que as notas são falsas.