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Durante confusão na Câmara, deputados quebram urnas da comissão de impeachment

Votação iria definir integrantes da comissão que vai analisar processo de impeachment

Brasil|Bruno Lima, do R7, em Brasília

Confusão generalizada tomou conta do plenário da Câmara hoje
Confusão generalizada tomou conta do plenário da Câmara hoje Confusão generalizada tomou conta do plenário da Câmara hoje

Minutos após a abertura da sessão em que os deputados iriam escolher os integrantes da comissão do impeachment da presidente Dilma Rousseff, uma confusão tomou conta do plenário da Câmara nesta terça-feira (8). A votação para a escolha dos deputados da comissão, porém, prossegue mesmo após a confusão.

Três das 14 cabines de votação foram quebradas, supostamente, por parlamentares do PT e do PCdoB. O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que dois deputados foram responsáveis pela quebra de duas urnas.

— O pessoal do PT foi obstruindo fisicamente e o Afonso Florence quebrou pelo menos duas máquinas, mas isso está filmado. Muita gente registrou. O Afonso Florence quebrou ao menos duas urnas. O Daniel Almeida [PCdoB-BA] também quebrou.

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O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspendeu a sessão e garantiu que os trabalhos irão continuar.

— Nós vamos terminar a votação nem que fique aqui até 5 da manhã. Vamos ficar aqui o tempo que for necessário.

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Pelo menos três urnas foram quebradas. Há 14 no total
Pelo menos três urnas foram quebradas. Há 14 no total Pelo menos três urnas foram quebradas. Há 14 no total

Cunha também suspendeu o áudio da TV Câmara até que o tumulto se dissipasse. Houve discussão entre oposição e base aliada do governo. O presidente da Câmara saiu da Mesa Diretora para intervir na confusão.

O ex-ministro e agora deputado Orlando Silva (PCdoB-BA) também se manifestou contra Cunha.

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— O Brasil assiste nesse momento mais um golpe do Eduardo Cunha, que tinha organizado para ontem a eleição dos membros da comissão especial. Adiou ele próprio para hoje para maquinar o método que desrespeita a democracia dos partidos. Não existe previsão de candidaturas avulsas, isso é invenção do Cunha. E a oposição, de modo desavergonhado, se juntou a Eduardo Cunha.

A comissão que vai analisar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff será composta por 65 deputados titulares e outros 65 suplentes. Eles deveriam ser indicados pelos líderes dos partidos, mas apenas 47 nomes foram inscritos.

Isso motivou a oposição e dissidentes do PMDB, insatisfeitos com as nomeações, a criarem uma segunda chapa, com 39 nomes. Para integrar os lugares restantes, será feita uma votação, que segundo o presidente da Câmara, deverá ser secreta.

A base governista quer que os votos sejam abertos. Esse foi um dos motivos que iniciaram os protestos de alguns parlamentares na sessão da tarde desta terça-feira. 

A líder do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), afirmou que o partido entrou com um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para garantir que a votação seja aberta. Cunha afirma que irá seguir o Regimento da Câmara, que prevê voto secreto. 

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