Edílson deu procuração a homem preso pela PF, diz irmão de ex-jogador
Eliomar Ferreira negou que os dois tivessem negócios juntos e avisou que ex-atleta é inocente
Brasil|Gustavo Alves, do R7
Edílson não estava em casa quando a PF (Polícia Federal) chegou à sua residência na manhã desta quinta-feira (10). O ex-jogador estava em Juazeiro (BA) e recebeu com surpresa a informação de que estava sendo investigado na Operação Desventura, que apura um esquema de fraude no pagamento de prêmios sorteados nas loterias da Caixa Econômica Federal.
Edílson pode ter sido usado como laranja por criminosos
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Em entrevista ao R7, Eliomar Ferreira, irmão do ex-jogador, afirmou que Edílson conhecia o rapaz de nome Eduardo, que foi preso na operação, mas negou que os dois tivessem negócios juntos.
— Eduardo tinha uma procuração para falar em nome do Edílson, era um conhecido nosso que estava resolvendo uns processos trabalhistas para ele.
Segundo Eliomar, o ex-jogador está voltando de Juazeiro e deve prestar esclarecimentos à PF nas próximas horas.
— Ele vai esclarecer tudo. Com certeza o Edílson é inocente, ele jamais participaria de um esquema desses.
Mais cedo, uma fonte ligada à família do jogador afirmou ao R7 que Edílson "costumava assinar procurações de plenos poderes para muita gente".
— Alguém pode ter usado uma dessas procurações. Edílson não é criminoso.
Conhecido como "Capetinha", o ex-jogador, de 44 anos, passou por grandes clubes do país ao longo da carreira, como Palmeiras, Corinthians, Cruzeiro e Flamengo e foi campeão mundial com a seleção brasileira na Copa de 2002.
A PF iniciou na manhã desta quinta-feira (10) a Operação Desventura, para investigar um esquema de fraude no pagamento dos prêmios sorteados em loterias.
Foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do ex-jogador da seleção brasileira, que não estava no local.
De acordo com a PF, a fraude ocorria por meio da validação de bilhetes de loteria, e os valores desviados podem atingir cifras milionárias. Só em 2014, ganhadores deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões em prêmios das loterias.
A investigação é feita em parceria com o Ministério Público e ocorre desde setembro do ano passado. Um dos envolvidos no esquema foi preso quando ia sacar um dos prêmios em Anápolis (GO).