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Em live, Bolsonaro volta a atacar Barroso e sistema eleitoral do país

Presidente disse que TSE não contestou dados sobre invasão hacker em 2018 revelados pela PF. 'Não tinha o que rebater'

Brasil|Do R7

Bolsonaro durante a live desta quinta-feira (5): 'Será que é demais pedir eleições transparentes e democráticas?'
Bolsonaro durante a live desta quinta-feira (5): 'Será que é demais pedir eleições transparentes e democráticas?' Bolsonaro durante a live desta quinta-feira (5): 'Será que é demais pedir eleições transparentes e democráticas?'

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o atual sistema eleitoral brasileiro e a fazer ataques ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, em sua live na noite desta quinta-feira (5). "Barroso mente quando diz que o voto impresso é um retrocesso. Ele parece um garoto mimado, que não pode ser contrariado", disse. "Será que é demais pedir eleições transparentes e democráticas?"

Bolsonaro mencionou o inquérito da Polícia Federal que apontou a invasão ao sistema do TSE em 2018. As provas da invasão, segundo o presidente, foram apagadas pelo próprio tribunal. "O TSE vinha respondendo online a todas as minhas acusações. Mas ontem (4), após a denúncia sobre o inquérito da PF, eles não rebateram. Porque não tinha o que rebater", afirmou. "Aliás, o deputado Filipe Barros (que participou da entrevista em que o presidente fala sobre a invasão hacker) deu uma brilhante demonstração de que o sistema do TSE é vulnerável, sim."

Eleições de 2022

O presidente disse que o ministro Barroso, ao afirmar que as urnas eletrônicas são confiáveis, espera que todos aceitem. "Quem questionar, está agindo contra a democracia", disse. "Mas o que é democracia, ministro Barroso? É levar em conta a opinião pública." Bolsonaro também afirmou que o ministro do STF não quer o voto impresso porque "tem algo acertado para 2022". "Nós sabemos que ele é de esquerda e de seu profundo respeito pelo Lula (Luiz Inácio Lula da Silva)."

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Na entrevista que deu na quarta-feira (4), ao comentar o fato de que havia se tornado alvo do inquérito das fake news no STF, o presidente disse que embora jogue "dentro das quatro linhas da Constituição", também joga, se preciso for, "com as armas do outro lado". No entanto, afirmou que a imprensa distorceu suas falas. "Infelizmente, a imprensa prega uma mentira atrás da outra, é uma fábrica de fake news." Além disso, nesta quinta-feira (5), o presidente afirmou que a hora do ministro Alexandre de Moraes (que preside o inquérito das fake news) "vai chegar".

Reunião cancelada

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A declaração de Bolsonaro sobre jogar "fora da Constituição" e a ameaça a Moraes fizeram com que o presidente do STF, ministro Luiz Fux, cancelasse reunião que seria feita entre os presidentes dos Poderes e falou que não existe diálogo sem respeito mútuo. "Como tem noticiado a imprensa brasileira, nos últimos dias o presidente da República tem reiterado ofensas e ataques de inverdades a integrantes desta Corte, em especial os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, sendo certo que quando se atinge um dos integrantes, se atinge a Corte por inteiro", disse Fux.

"Lamentavelmente, o ministro Fux se baseou na imprensa para fazer essa nota", disse o presidente na live. Também afirmou que o comportamento de alguns ministros da Corte não condiz com a democracia. Ao mesmo tempo, pediu paz. "Precisamos de paz e de harmonia. Os senhores têm que entender que não são os nomes da verdade... não podem continuar interferindo, legislando, dizendo o que o Parlamento deve fazer."

Bolsonaro defendeu que haja um diálogo entre os Poderes. "Até em guerras os comandantes adversários conversam, até para saber se o outro lado quer armistício. De minha parte, conversar com Vossa Excelência, ministro Fux, está aberto o diálogo. Estou à disposição."

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