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Frente a frente com Costa, Cerveró nega propina e diz que chegou à direção da Petrobras por mérito

No entanto, oposição exibe trecho da delação premiada que envolve ex-diretor no esquema

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Sobre propina, Cerveró: "Eu desconheço esse tipo de pagamento"
Sobre propina, Cerveró: "Eu desconheço esse tipo de pagamento"

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró negou, nesta terça-feira (2), ter recebido qualquer tipo de propina enquanto trabalhava na estatal, mesmo depois de ouvir seu nome ser incluído entre os diretores que participavam do esquema, no trecho da delação premiada de Paulo Roberto Costa que foi exibido no plenário da CPMI da Petrobras.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) usou o telefone celular para divulgar, durante a reunião, áudio de um depoimento de Costa. No trecho, ele afirma que o cargo de Cerveró era indicação do PMDB e que ele também recebia porcentagem do valor das obras da estatal.

"O que acontecia na Petrobras acontece em todo o País", afirma ex-diretor da Petrobras

Mas, Cerveró permaneceu irredutível, mesmo frente a frente com Paulo Roberto Costa, durante a acareação promovida pela CPMI da Petrobras. Afirmou que chegou ao cargo por mérito, que nunca recebeu apoio político nem recebeu propina.


— Eu posso debitar isso na conta de uma ilação do Paulo. Eu desconheço esse tipo de pagamento.

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Costa: "Me arrependo amargamente"

Já Paulo Roberto Costa confirmou todas as informações prestadas em depoimento à Justiça e afirmou que as negociações foram detalhadamente explicadas por ele no acordo de delação premiada.


— Foi muito detalhado esse depoimento, está na mão do juiz e está na mão do Ministério Público.

Duas versões

Na sessão que pode ser considerada a mais produtiva da CPMI da Petrobras até agora, duas versões contraditórias estão sendo defendidas por ex-diretores da estatal.

Costa, que foi preso pela Operação Lava Jato, fez acordo de delação premiada e cumpre prisão domiciliar, confirma todas as informações prestadas nos depoimentos, entre elas, a de que Cerveró também era beneficiado com propina.

Cerveró, no entanto, nega veementemente as acusações e garante que nunca recebeu dinheiro ilegal. Ele alega que gerenciou várias áreas na estatal antes de ganhar a diretoria de Área Internacional e que não precisou de apoio político.

Para os parlamentares que compõem a CPMI, é preciso esclarecer quem está falando a verdade. O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) afirma que o fato de um dos dois estar mentindo vai complicar ainda mais a situação deles na Justiça, mas acredita que Costa tem argumentos mais contundentes.

— Ele tem mostrado não só os seus argumentos, mas indicado provas e indicado pessoas que possam ter as provas que eventualmente ele não tem. Um dos dois está flagrantemente mentindo e isso vai agravar a situação deles diante à Justiça.

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