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Para Cunha, popularidade baixa não é motivo para impeachment de Dilma

Presidente da Câmara avalia que o pedido precisa ser bem fundamentado para avançar

Brasil|Rodrigo Vasconcelos, do R7, em Brasília

Eduardo Cunha analisou a pesquisa sobre a aprovação do governo e da presidente Dilma Rousseff
Eduardo Cunha analisou a pesquisa sobre a aprovação do governo e da presidente Dilma Rousseff

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta terça-feira (27) que a desaprovação popular do governo e do desempenho da presidente da República, Dilma Rousseff, não são motivos para impeachment.

Cunha repercutiu os resultados da pesquisa da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), que mostra que 70% dos brasileiros avaliam o governo como “ruim” ou “péssimo”, e 80,7% dos entrevistados reprovam o desempenho de Dilma.

Na visão de Cunha, impopularidade pode ser momentânea, embora a de Dilma se mantenha persistente, e por isso não pode influenciar nem mesmo na votação dos deputados em Plenário sobre o processo.

— Acho que não se pode misturar. A popularidade ruim não pode ser motivo nem de ter, nem de evitar. Podia ser o contrário, tem um pedido bem fundamentado, razões objetivas e ter uma popularidade boa. Não deixaria de ser um motivo para fazer, tem que se tratar objetivamente, em razão da responsabilidade de cumprimento da lei e da Constituição, senão vira uma questão somente política.


Assim como já afirmou na segunda-feira (26), Cunha deve analisar o pedido de impeachment e tomar uma posição a respeito em novembro, como pediu a oposição na Câmara.

Sobre as contas do governo, o presidente da Câmara enxerga uma possibilidade de que o Congresso siga a recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União) e rejeite as contas de 2014. As chamadas “pedaladas fiscais” representam o principal motivo para o pedido de impeachment protocolado na Casa.


— É possível [que rejeite as contas]. Eu não posso nem afirmar se vai, mas é possível que possa rejeitar sim. Até porque é um parecer bem fundamentado do Tribunal de Contas, e você vai ter que ter muito argumento para reverter esse parecer. Mas não dá para afirmar isso, a decisão aqui é sempre política. Ela nunca é eminentemente técnica, ela é política.

Dentre as pessoas que acompanharam o julgamento das contas do governo no TCU, 61,3% consideram que a rejeição por conta das chamadas “pedaladas fiscais” são motivo para impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, segundo a pesquisa da CNT.


Além disso, das pessoas que souberam da análise do TCU, 56,1% delas acredita que o Congresso Nacional irá reprovar as contas do governo em 2014. Este processo está no Senado, que ofereceu tempo para o Planalto preparar e apresentar a defesa.

Poder público

Durante o evento. Moro afirmou ainda que não é possível depender apenas do poder público. Ele afirma que a investigação da Lava Jato deveria servir como um "propulsor" para mudanças mais profundas no setor

— Os indivíduos são importantes em qualquer instituição, mas não podemos ter uma crença em um governo de homens. Então, nós temos que pensar em mexer nas nossas instituições para que esses problemas não se repitam.

O juiz também destacou a importância da opinião pública para chamar atenção ao esquema de corrupção.

— Os juízes são sensíveis a essas questões. Nós lidamos com fatos, provas e a lei, nas a opinião pública deve ser considerada para inserir os casos na sociedade.

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