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Presidente da Câmara critica atraso na discussão da proposta que reduz maioridade penal

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirma que pior que não votar é “esconder o debate” sobre o tema

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Cunha lamentou demora para CCJ apreciar proposta da maioridade
Cunha lamentou demora para CCJ apreciar proposta da maioridade Cunha lamentou demora para CCJ apreciar proposta da maioridade

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez questão de participar, nesta quarta-feira (8), da primeira sessão da comissão especial que vai debater o mérito da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que reduz a maioridade penal de 18 anos para 16 anos.

Cunha se posicionou favoravelmente à mudança no texto constitucional que permite que adolescentes a partir dos 16 anos possam ser presos.

O apoio declarado à PEC foi o que motivou a criação rápida da comissão específica que vai discutir o texto. O colegiado foi instalado na última terça-feira (7), uma semana depois de a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) aprovar a admissibilidade do texto, entendendo que a proposta não fere a Constituição.

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No entanto, rebatendo críticas de que estaria favorecendo a proposta, o presidente da Câmara afirmou que apenas está cumprindo o seu dever. Segundo ele, o fato de defender a redução da maioridade penal não significa que a mudança será aprovada, mas é preciso permitir o debate e ouvir a sociedade.

— Apesar de eu ser favorável à matéria, isso não significa que ela será ou não aprovada. Eu apenas quis dar a oportunidade, já que vocês [deputados] aprovaram a admissibilidade. Lamento que a admissibilidade tenha ficado quatro anos bloqueada na Comissão de Constituição e Justiça. Pior do que a gente não deliberar é a gente esconder o debate.

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Cunha lembrou que após passar pela comissão especial, a PEC da redução da maioridade ainda precisa ser apreciada no plenário da Câmara. Como se trata de alteração da Constituição, para ser aprovada, serão necessários 308 votos favoráveis — o equivalente a três quintos da Casa — em dois turnos de votação.

Ao prestigiar os deputados da comissão especial, que será presidida pelo deputado André Moura (PSC-SE) – também favorável à redução da maioridade – Cunha deixou claro o desejo de dar celeridade ao processo de apreciação da PEC. Segundo ele, obstruir esse tipo de discussão é ignorar a demanda das ruas.

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— Se a gente, por opção do Legislativo, não legislar, tudo bem. Mas, por obstrução pessoal não legislar, não é o correto com o parlamento nem com a sociedade. Vim aqui pra prestigiar o início dos trabalhos de vocês, desejar sucesso e que vocês possam fazer um bom debate. Que vocês possam corresponder, seja qual for o resultado, àquilo que a sociedade espera de nós.

A comissão especial é composta por 27 deputados titulares e 27 suplentes. O colegiado terá um prazo de mais 39 sessões para realizar audiência públicas e debater o mérito da PEC antes de votar o texto final.

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