O Conselho de Ética iniciou nesta tarde a sessão para decidir sobre a admissibilidade do processo por quebra de decoro contra Cunha
André Dusek/Estadão ConteúdoEm sua complementação de voto, o relator do processo contra o peemedebista Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), rebateu as acusações do advogado de Cunha, Marcelo Nobre, de prejulgamento e suspeição.
— Não reconheço minha suspeição e reafirmo minha capacidade de julgar esse procedimento — respondeu Pinato ao advogado.
O advogado de Cunha alegou suspeição de Pinato por ter antecipado seu voto em entrevista à imprensa, disse que o relator não se ateve aos argumentos da defesa e se baseou nas alegações da acusação. O advogado pediu nomeação de outro relator.
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O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), rejeitou o pedido de suspeição feito pela defesa de Cunha.
— O relator não se julga suspeito — disse Araújo.
Pinato destacou que não era obrigado a esperar a defesa para se pronunciar sobre o caso.
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Sessão
O Conselho de Ética iniciou nesta tarde a sessão de apresentação do relatório de Pinato pedindo a admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra Cunha. A sessão acontece após uma tentativa de reunião na última semana, quando aliados de Cunha manobraram para evitar que o parecer prévio fosse lido.
A sessão da última quinta-feira, 19, chegou a ser cancelada mas, diante da revolta que se estabeleceu na Casa, a decisão da presidência da Câmara foi revogada. Diferentemente da sessão passada, hoje a reunião começou com apenas sete minutos de atraso e com um quórum superior à presença mínima de 11 conselheiros (15 deputados nesta tarde).