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Reforma trabalhista prevê dividir período de férias

Relator também propõe acabar com contribuição sindical obrigatória

Brasil|Da Agência Câmara

Proposta inclui 29 direitos que não poderão ser reduzidos ou suprimidos por negociação
Proposta inclui 29 direitos que não poderão ser reduzidos ou suprimidos por negociação

O relator da proposta de reforma trabalhista (PL 6787/16), deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), apresenta nesta manhã seu parecer na comissão especial que analisa o tema. Ontem, Marinho adiantou alguns pontos de seu substitutivo.

Entre eles estão duas medidas para alterar a Lei da Terceirização (13.429/17). O relatório tem 132 páginas, sendo 45 com a nova versão do texto.

A primeira estabelece uma quarentena de 18 meses entre a demissão de um trabalhador e sua recontratação, pela mesma empresa, como terceirizado.

A segunda garante ao terceirizado que trabalha nas dependências da empresa contratante o mesmo atendimento médico e ambulatorial destinado aos demais empregados.


A lei permite, mas não obriga esse mesmo tratamento.

Negociado sobre legislado


O deputado também ampliou a prevalência de acordos e convenções coletivos entre patrões e empregados sobre a legislação (Consolidação das Leis do Trabalho - CLT - Decreto-lei 5.452/43).

O texto inicial previa a prevalência para 13 pontos específicos, como plano de cargos e salários e parcelamento de férias anuais em até três vezes. O substitutivo de Marinho torna a lista exemplificativa, com 16 itens, o que na prática aumenta a possibilidade da prevalência dos acordos.


Marinho também incluiu uma relação de 29 direitos que não poderão ser reduzidos ou suprimidos por negociação, como o FGTS e o repouso semanal obrigatório. O projeto inicial proibia mudanças apenas em normas de segurança e medicina do trabalho.

O texto também retira da CLT a obrigatoriedade da contribuição sindical para trabalhadores e empregadores. O tributo é recolhido anualmente e corresponde a um dia de trabalho, para os empregados, e a um percentual do capital social da empresa, no caso dos empregadores.

Votação

O presidente da comissão, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), disse que a votação da proposta na comissão poderá acontecer já na semana que vem, caso seja aprovado um requerimento de urgência em Plenário. Assim, os prazos de vistas (duas sessões) e emendas ao substitutivo (cinco sessões) poderiam ser dispensados.

Vilela descartou, porém, a votação pelo Plenário da Câmara também na semana que vem. "Como quinta-feira não tem tido quórum suficiente para uma votação tão importante como essa, acho difícil votar no Plenário", afirmou. Segundo Vilela, a primeira reunião deliberativa sobre o relatório deve ser na próxima terça-feira (18) e, se for votada a urgência no Plenário, o texto já poderia ser votado na comissão neste mesmo dia ou na quarta-feira (19).

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