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Vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos diz que vai renunciar

Deputada Antônia Lúcia é do mesmo partido de Marco Feliciano

Brasil|Da Agência Câmara

Antônia Lúcia disse que se sentiu ofendida com declaração de Feliciano
Antônia Lúcia disse que se sentiu ofendida com declaração de Feliciano

A deputada Antônia Lúcia (PSC-AC) afirmou nesta segunda-feira (1º) que vai renunciar ao cargo de vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara em razão de uma afirmação feita pelo presidente do colegiado, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), em um culto evangélico na cidade de Passos, em Minas Gerais.

Conforme vídeo publicado no último sábado (30) no YouTube, o deputado afirmou que está ocupando um espaço antes "dominado por Satanás".

— Eu queria só explicar o porquê de toda essa manifestação. Essa manifestação toda se dá porque, pela primeira vez na história deste Brasil, um pastor cheio de Espírito Santo ocupa um espaço que até ontem era dominado por Satanás.

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Antônia Lúcia, que é do mesmo partido de Feliciano e também é evangélica, afirmou que se sentiu ofendida, pois faz parte da comissão há três anos.

— Em respeito à minha própria pessoa, ao meu trabalho como parlamentar, eu não aceito uma declaração dessas. Eu acho que nós temos que separar igreja de Parlamento.


A deputada também defendeu outros integrantes da comissão.

— Existiam [na comissão, nos anos anteriores] outras pessoas evangélicas, que quando tomarem conhecimento disso também vão ficar ofendidas. E outro detalhe: convivi durante estes anos todos com o deputado Domingos Dutra [PT-MA, ex-presidente da comissão] e em nenhum momento eu diagnostiquei qualquer atitude dele que me levasse à conclusão de que ele é satânico.

A assessoria do deputado afirmou que sua afirmação foi feita dentro de uma igreja, não numa atividade política, e que se trata de uma “opinião religiosa que reflete sua visão espiritual”, por isso ele não faria comentários a esse respeito.

A reunião de líderes partidários prevista para esta terça-feira (2) para rediscutir a permanência do pastor na comissão foi adiada em razão da ausência do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, que está de licença médica durante toda esta semana.

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