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Câmara deve votar nesta segunda projeto que veda mudanças na Bíblia

Texto quer impedir que o livro usado por religiões cristãs tenha trechos suprimidos, adicionados ou adaptados

Brasília|Sarah Teófilo e Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Bíblia
Bíblia Bíblia

A Câmara dos Deputados deve votar nesta segunda-feira (18) um requerimento de urgência urgentíssima de um projeto de lei que visa impedir qualquer alteração aos textos dos livros da Bíblia, tida como sagrada por religiões cristãs, como protestantes e católicos. Caso o requerimento seja aprovado, o texto poderá tramitar com maior celeridade na Casa.

O projeto é do deputado pastor Sargento Isidório (Avante-BA) e "veda qualquer alteração, edição, supressão, adição ou adaptação aos textos dos livros da Bíblia Sagrada, mantendo a inviolabilidade de capítulos e versículos proibindo modificar o texto sagrado garantindo a pregação do seu conteúdo em todo territorio nacional".

O texto estava junto com outro projeto que proibia e criminalizava o uso da palavra “Bíblia” e da expressão “Bíblia Sagrada” fora do contexto "já consagrado há milênios pelas diversas religiões cristãs". O projeto foi retirado pelo próprio relator, o pastor Isidório, que disse reconhecer o equívoco na matéria. No pedido de retirada, ele ressaltou que a principal proposição de interesse dos cristãos era o projeto 4.606, de 2019, relativo à vedação de alterações aos textos da Bíblia. 

"Nós, cristãos, mais de 89% dos brasileiros, segundo o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], consideramos a Bíblia a palavra de Deus na Terra. O que torna qualquer alteração na redação deste livro um ato mais que absurdo, flagrantemente uma intolerância religiosa e, por que não dizer, uma grande ofensa para a maioria dos brasileiros, independente da sua religião. Por isso, nossa legítima preocupação em tombar esse texto sagrado através do Parlamento federal, garantindo uma vez por todas a inviolabilidade de sua redação e sua explanação pública no Brasil", defendeu o deputado na justificativa do projeto.

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O pastor também alega que "não se pode permitir possibilidades para que nunca esse livro sagrado seja tocado em nenhum momento da nossa existência". O texto do projeto é curto, mas, além de vedar mudanças à Bíblia, diz que fica "garantida a pregação do seu conteúdo em todo o territorio nacional".

No total, 17 parlamentares assinaram o requerimento de urgência do projeto, dentre eles o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). Na avaliação dele, a proposta busca garantir mais respeito à fé dos cristãos.

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“É comum vermos segmentos sociais e políticos afrontando o texto sagrado. Isso não é aceitável e temos de condenar esse tipo de atitude. Para quem acredita na Bíblia como algo sacro, reforçar o óbvio nunca é demais. Por isso, esperamos a aprovação do projeto.”

O deputado Pastor Eurico (PL-PE) também é a favor da matéria. “Recentemente, temos visto uma série de símbolos religiosos ser alvo de ataques e depredações. É preciso proteger aquilo que é sagrado para os cristãos. E o projeto busca exatamente isso. Portanto, será fundamental a sua aprovação”, analisou.

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