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R7 Brasília

Comitiva do governo viaja a Roraima após novo ataque em território yanomami

Grupo inclui as ministras Nísia Trindade, Sonia Guajajara e Marina Silva; um indígena morreu e dois ficaram feridos em ato criminoso

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Indígenas em terras yanomami
Indígenas em terras yanomami

Após novos ataques e uma morte no território yanomami, em Roraima, uma comitiva do governo federal com ministras e representantes das forças de segurança viaja para o local nesta segunda-feira (1º), com o objetivo de intensificar as ações do Executivo federal na área. O grupo é formado pelas ministras Marina Silva (Meio Ambiente), Nísia Trindade (Saúde) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e pelo ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania). 

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Pelas redes sociais, Guajajara lamentou o episódio. "Soubemos do ataque a tiros de garimpeiros contra três indígenas yanomamis. Um veio a óbito e os outros dois estão sob atendimento, em estado grave. Uma comitiva interministerial está a caminho de Roraima para reforçar ainda mais as ações de desintrusão dos criminosos", afirmou a ministra, que solicitou o reforço do Ministério da Justiça e da Polícia Federal para auxiliar na retirada de invasores do território. 


Uma coletiva está marcada para as 17h30, no horário de Brasília. Também fazem parte da comitiva o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, a presidente da Funai, Joenia Wapichana, o secretário nacional de Segurança Pública, Francisco Tadeu de Alencar, o diretor para a Amazônia da Polícia Federal, Humberto Freire, o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Jair Schmitt, e o secretário especial de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba, entre outros representantes do governo federal.

A ministra da Saúde também se manifestou sobre o caso. "Vamos seguir prestando toda a assistência necessária ao povo yanomami. Essa violência precisa acabar", destacou. 


A PF apura os ataques. Pelas redes sociais, o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye'kuana, Júnior Hekurari Yanomami, afirmou que o ataque teria partido de garimpeiros e que os atiradores estavam encapuzados.

Investigação

Segundo a PF, "indígenas teriam entrado em confronto e trocado tiros com garimpeiros". Na ocasião, três indígenas foram atingidos. O agente de saúde indígena Ilson Xirixana não resistiu e morreu. As outras duas vítimas foram encaminhadas ao hospital. 


"A PF apurou indícios dos crimes cometidos contra os indígenas, ouviu testemunhas, realizou perícia no local do crime e aguarda a elaboração dos respectivos laudos e relatórios para prosseguimento das investigações", detalhou a corporação.

A polícia trabalha para identificar, localizar e prender os autores dos crimes, enquanto as ações de desintrusão dos invasores das terras indígenas continuam no âmbito da Operação Libertação.

Segundo o governo, a comitiva que embarca nesta segunda-feira "intensificará as ações que já vêm sendo realizadas na região e pretende contribuir na pacificação imediata da situação".

Situação de emergência

A região está em situação de emergência desde o fim de janeiro, em razão dos graves casos de desnutrição e malária que atingem a comunidade que vive na área.

Desde o início da operação, com o envio de profissionais de saúde à região, em janeiro, o governo federal indica a realização de mais de 10 mil atendimentos de indígenas nas unidades de saúde das áreas. 

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