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Diretor da ANS foi chefe de gabinete de Ricardo Barros

Paulo Roberto Rebello nega atuação do deputado na sua indicação para a agência, aprovada pelo Senado em julho

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello Filho, em depoimento à CPI da Covid-19
Diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello Filho, em depoimento à CPI da Covid-19 Diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello Filho, em depoimento à CPI da Covid-19

O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello Filho, confirmou, nesta quarta-feira (6), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, que foi chefe de gabinete do atual líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Rebello atuou para o deputado quando ele era ministro da Saúde, entre 2016 e 2018.

Apesar da ligação, ele negou que sua indicação para a ANS tenha tido atuação de Barros. "Não, não teve nenhuma participação na minha indicação para a ANS", afirmou. O seu nome para a agência foi aprovado pelo Senado em julho deste ano, após um recuo do presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que Bolsonaro tinha encaminhado uma mensagem à Casa pedindo a retirada do nome, e a desistência foi publicada pelo mandatário. No mesmo dia, o presidente voltou atrás e a indicação foi votada.

"Meu nome havia sido indicado desde dezembro do ano passado e, na véspera, no dia 12, se não me falha a memória, dia 12 de julho, houve a retirada do meu nome, mas, na data seguinte, no dia seguinte, houve novamente a manutenção da mensagem, a sabatina foi realizada e meu nome confirmado no plenário desta Casa", afirmou o presidente da ANS aos senadores.

Segundo Paulo Rebello, a sua indicação para a ANS partiu do ex-ministro da Saúde Gilberto Occhi, que ficou no cargo entre 2018 e 2019. A afirmação gerou irritação do senador Otto Alencar (PSD-BA). "Aí, sinceramente, você me dizer uma coisa dessas, você está achando que nós somos aqui o quê? Inocentes? Para não achar que, sendo chefe de gabinete do Ricardo Barros, ele não teve interferência na sua indicação? Está faltando com a verdade", frisou.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pontuou que Occhi sucedeu a Barros por indicação do próprio deputado "e por indicação do mesmo consórcio envolvendo o Partido Progressista".

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