Relator inclui mais quatro pessoas na lista de investigados pela CPI
Entre os investigados estão o blogueiro Allan dos Santos e três empresários. Lista pode chegar a 40 pessoas
Brasília|Isabella Macedo, do R7, em Brasília
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), vai incluir mais quatro nomes na lista de investigados. Serão acrescentados o blogueiro Allan dos Santos e os empresários Otávio Fakhoury, Danilo Trento e Marcos Tolentino.
A lista de investigados já chega a 36 nomes com as novas adições e inclui autoridades como o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Segundo Renan Calheiros, o blogueiro Allan dos Santos passa a integrar a lista de investigados no âmbito da disseminação de informações falsas sobre a Covid-19. Santos também é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no chamado inquérito das Fake News.
Fakhoury também integra a lista do relator pela suspeita de financiar a disseminação de notícias falsas. Danilo Trento e Marcos Tolentino integram o rol de investigados dentro da seção que aborda as suspeitas sobre a Precisa Medicamentos. Entre os novos investigados, apenas Santos não prestou depoimento à CPI, mas foi alvo de requerimentos, como a quebra de sigilos.
Além dos novos nomes, estavam na lista de Renan Calheiros outras 32 pessoas, entre políticos e empresários. Calheiros disse que ainda não tem um número fechado de pessoas que devem ser alvo de pedido de indiciamento no relatório, mas deve passar de 40 nomes. “Nós continuamos estudando, evidentemente que não temos um número fechado, mas, com certeza, vamos passar de 40. Podemos chegar a 50, mas ainda não há essa definição”, disse o relator.
Na terça, o relator havia confirmado que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve ser alvo de sugestão de indiciamento em seu relatório, mas ele não consta como investigado pela CPI, já que a comissão não tem a prerrogativa de investigar o presidente. Renan detalhou que o documento será desmembrado e enviado a diversos órgãos, como a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público de vários estados e do Distrito Federal.