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Especialistas dão primeiro passo para restauração de relógio do século 17 destruído em 8 de janeiro

Informação foi confirmada nesta quarta-feira (17) pelo embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri; trabalho deve durar meses

Brasília|Do R7, em Brasília

Relógio do século 17 foi destruído por extremistas
Relógio do século 17 foi destruído por extremistas Relógio do século 17 foi destruído por extremistas

O embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, anunciou nesta quarta-feira (17) que uma equipe suíça em cooperação com especialistas brasileiros "deu o primeiro passo" para o conserto do relógio de Balthazar Martinot, danificado por extremistas durante a invasão ao Palácio do Planalto, em 8 de janeiro (veja imagens abaixo).

Nas redes sociais, Lazzeri agradeceu à primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, e reiterou a importância do momento para o fortalecimento da relação entre os dois países.

No último sábado (13), Lazzeri afirmou que especialistas suíços avaliaram que seria possível consertar o relógio. À reportagem, ele falou sobre a vinda de técnicos ao Brasil para auxiliar na restauração da peça centenária ainda no primeiro semestre deste ano.

Segundo ele, a estimativa era de que três ou quatro pessoas viessem da Suíça para o Brasil com a missão de consertar o relógio, incluindo um dos maiores especialistas em peças como essa no mundo. O trabalho deve durar vários meses, mas ainda há decisões a serem tomadas a partir da chegada do grupo ao país.

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"É preciso definir se o relógio será restaurado como era antes ou se haverá atualizações. O relógio tem mecanismos feitos há 300 anos", disse o embaixador. Um exemplo é se o Brasil vai querer que a caixa feita com casco de tartaruga seja preservada ou que seja feita uma nova com a tecnologia de 2022.

Outro ponto que será analisado é se as instituições brasileiras responsáveis pela peça têm interesse em colocar o relógio para funcionar. Os ponteiros já não batiam mais, e o artefato servia como um item decorativo que ficava no 3º andar, onde está localizado o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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A iniciativa de recuperação da obra partiu do governo suíço e contará com a avaliação do material, presencialmente. De acordo com Lazzeri, "a ideia é reparar e formar brasileiros para que possam cuidar do patrimônio histórico do país".

O país europeu está entre os dez maiores investidores do Brasil e é conhecido por desenvolver relógios com alta qualidade, além de possuir artesãos especialistas em trabalho com peça única, mão de obra que será doada ao Brasil.

O relógio

Fabricado por Balthazar Martinot, relojoeiro do rei Luís 14, o relógio do século 17 foi doado pela Corte francesa a dom João 6º, na época imperial. Existem apenas dois relógios como esse no mundo — o outro está exposto no Palácio de Versalhes, na França.

Em 23 de janeiro, a Polícia Federal prendeu em Uberlândia (MG) o homem de 30 anos filmado ao destruir o relógio. Câmeras de segurança flagraram o momento em que ele quebrou o objeto. Nas imagens, ele derruba o relógio no chão e revira mesas e cadeiras. Depois, retorna e tenta destruir a câmera de segurança com um extintor de incêndio.

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