Um homem de 29 anos foi preso por suspeita de praticar violência psicológica contra a ex-companheira e descumprir medida protetiva. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, após ser intimado, o suspeito chegou a dizer que os homens matam para "acabar logo com o problema" e ironizou as penas: "Fica 3 ou 4 aninhos preso e depois vive em paz".
O casal está separado há dois anos e tem um filho. Durante o período do divórcio, a vítima registrou seis ocorrências por injúria, difamação e ameaça, o que, segundo o delegado do caso, configura situação de violência doméstica e familiar contra a mulher.
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Após a medida protetiva, o homem teria passado a enviar transferências de baixo valor pelo Pix para mandar mensagens a ex-mulher. Segundo as investigações, ele chegou a insinuar que a vítima seria usuária de drogas e que estaria dificultando os encontros com o filho.
Homem usa campo de mensagem do Pix para manter contato com ex-companheira
A mulher também contou aos investigadores que o ex-companheiro chegou a criar um grupo em redes sociais para espalhar que ela era prostituta e que teria terminado o relacionamento para "continuar nessa vida".
O suspeito também ameaçou colocar fogo na casa da ex-companheira e disse que "iria torcer para apenas o filho do casal sobreviver". O homem aguarda audiência de custódia e, caso condenado, pode pegar até 4 anos de prisão.
Balanço
Um balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do DF mostra que a capital do país registrou 159 feminicídios desde que a lei entrou em vigor, em março de 2015. As mulheres registraram, em média, duas ocorrências de violência doméstica contra o mesmo autor, e 58% estavam com medida protetiva vigente na data do fato.
O período considerado vai até abril de 2023. Cerca de 55% dos casos são cometidos entre sábado e segunda-feira. O principal horário é pela manhã, entre 6h e 11h59.
Além disso, as vítimas e autores têm idade média de 37 anos e são companheiros ou casados. O autor, em 77% dos casos, possui antecedentes criminais. O relatório também mostra que 191 crianças e adolescentes ficaram órfãos no DF por causa do crime.