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Preso por suposta interferência nas eleições, Silvinei Vasques é levado à Superintendência da PF em Brasília

Voo deve sair de SC por volta das 14h; ex-diretor da PRF será transferido nesta quinta para o Complexo Penitenciário da Papuda

Brasília|Natália Martins, da Record TV, e Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Silvinei Vasques será transferido para a Papuda
Silvinei Vasques será transferido para a Papuda

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, preso em Florianópolis (SC), vai ser levado na tarde desta quarta-feira (9) para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ele será ouvido na manhã desta quinta (10) e, em seguida, transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, na capital federal.

Segundo apuração da Record TV, o voo de Silvinei deve sair de Santa Catarina por volta das 14h. O ex-diretor foi preso por suspeita de uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral do ano passado.

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Segundo as investigações, integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno.

Em nota, a PRF informou que, paralelamente às investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), foram abertos três processos administrativos disciplinares para apurar a conduta de Silvinei. Os procedimentos foram encaminhados à Controladoria-Geral da União (CGU), órgão com competência para apurar a conduta do ex-diretor.


Os agentes cumprem nesta quarta-feira (9) dez mandados de busca e apreensão, além do mandado de prisão preventiva, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte e no Distrito Federal. Todos os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Veja a lista de mandados por estado:


• 1 de prisão em Santa Catarina;

• 2 de busca e apreensão em Santa Catarina;

• 2 de busca e apreensão no Rio Grande do Sul;

• 5 de busca e apreensão no Distrito Federal; e

• 1 de busca e apreensão no Rio Grande do Norte.

O R7 verificou que outros ex-diretores também são alvo da operação. Segundo fontes, Silvinei deve ser levado para Brasília (DF).

Oitiva de 47 policiais rodoviários federais

A operação conta com o apoio da Corregedoria-Geral da PRF, que determinou ainda a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.

Leia: Inteligência de ministério fez relatório de locais onde candidatos tiveram mais de 75% dos votos

Segundo a PF, os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, que consta no Código Eleitoral Brasileiro.

De acordo com a PF, os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste.

Veja a íntegra da nota da PRF

"A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanha a Operação Constituição Cidadã, que resultou na prisão do ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, ocorrida na manhã desta quarta-feira (9), em Florianópolis (SC), e no cumprimento de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF), determinados pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O Corregedor-Geral da PRF, Vinícius Behrmann, acompanha a operação, desde o início da

manhã, na Sede da Polícia Federal, em Brasília. A PRF colabora com as autoridades que

investigam as denúncias de interferência do ex-diretor-geral no segundo turno das eleições para a Presidência da República, em 30 de outubro de 2022, com o fornecimento de dados referentes ao trabalho da instituição, como o número de veículos fiscalizados e multas aplicadas nas rodovias federais.

Paralelamente às investigações no STF, foram abertos três processos administrativos

disciplinares, no âmbito da PRF, para apurar a conduta do ex-diretor-geral. Os procedimentos foram encaminhados à Controladoria-Geral da União (CGU), órgão com competência para apurar a conduta do ex-diretor-geral da PRF."

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