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Senado instala comissão de juristas para revisar Lei do Impeachment

Colegiado de onze juristas começa nesta sexta-feira a atualizar a lei, criada em 1950; eles terão 180 dias para concluir o trabalho

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

O ministro do STF Ricardo Lewandowski presidirá colegiado que atualizará Lei do Impeachment
O ministro do STF Ricardo Lewandowski presidirá colegiado que atualizará Lei do Impeachment O ministro do STF Ricardo Lewandowski presidirá colegiado que atualizará Lei do Impeachment

O Senado instala nesta sexta-feira (11), a partir das 11 horas, uma comissão de juristas para elaborar um anteprojeto de lei que vai atualizar a Lei do Impeachment, criada em 1950. O colegiado terá 180 dias para apresentar um estudo que dará origem a um projeto de lei. O grupo é formado por 11 juristas, que contarão com a participação da sociedade civil na elaboração do texto.

A comissão foi criada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em fevereiro e tem como presidente o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski. Os integrantes do colegiado não receberão remuneração, contudo o Senado pagará as despesas geradas durante o funcionamento do grupo, como gastos com logística. Eles serão responsáveis também por criar seu próprio regulamento.

De acordo com a justificativa do ato que cria a comissão — editado por Pacheco —, a Lei do Impeachment apresenta-se defasada, tendo sido apenas parcialmente recepcionada pela Constituição Federal de 1988.

O texto diz ainda que "os problemas da Lei nº 1.079/50, elaborada ainda na vigência da Carta de 1946, já foram apontados em diversas ocasiões pela doutrina e jurisprudência como fonte de instabilidade institucional, demandando assim sua completa revisão".

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A Lei do Impeachment já foi usada contra dois ex-presidentes da República civis eleitos pelo voto direto: o atual senador Fernando Collor (PROS-AL), em 1992, e Dilma Rousseff, que sofreu o processo em 2016.

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Um presidente da República poderá perder o cargo se cometer crimes de responsabilidade que atentem contra, entre outros pontos, a existência da União, o livre exercício dos outros poderes, a segurança interna do país e a lei orçamentária. A Constituição Federal estabelece que uma acusação contra o presidente deverá ser primeiramente admitida por dois terços da Câmara dos Deputados.

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Veja os juristas que farão parte da comissão de revisão da Lei do Impeachment:

- Ricardo Lewandowski, ministro do SFT (Supremo Tribunal Federal);

- Antonio Anastasia, ministro do TCU (Tribunal de Contas da União);

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- Rogério Schietti Cruz, ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça);

- Fabiano Silveira, ex-ministro da CGU (Controladoria-Geral da União);

- Marcus Vinícius Coêlho, ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil);

- Heleno Torres, jurista;

- Gregório Assagra de Almeida, jurista;

- Maurício Campos Júnior, advogado;

- Carlos Eduardo Frazão do Amaral, advogado;

- Fabiane Pereira de Oliveira, assessora do STF; e

- Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, conselheiro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

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