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Sexta-feira é de filas nos postos de vacinação para Covid-19 no DF

População a partir de 40 anos pode se imunizar com a 4ª dose; público elegível para 2º reforço é estimado em 1,1 milhão

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

UBS 1 da Asa Norte, em Brasília
UBS 1 da Asa Norte, em Brasília UBS 1 da Asa Norte, em Brasília

Diante a alta de casos de Covid-19 no Distrito Federal, moradores decidiram aproveitar a sexta-feira depois do dia de Corpus Christi para se imunizar. Mesmo com o ponto facultativo desta sexta-feira (17), pelo menos 80 salas de vacina estão funcionando. Com mais postos, as filas ficaram menores do que na quinta-feira (16), quando apenas três unidades de saúde em todo o DF ofertaram as doses.

A lista com os locais de vacinação é atualizada diariamente pela Secretaria de Saúde. Pela manhã, para reduzir as filas, a Secretaria de Saúde abriu mais três postos de saúde, em Sobradinho e Planaltina, para reduzir as filas. 

Na Unidade Básica de Saúde 1 da Asa Norte, que não abriu na quinta-feira, os primeiros a esperar para tomar a vacina chegaram às 7h, uma hora antes do início dos trabalhos. Uma funcionária que preferiu não se identificar relatou que a procura foi surpreendente. "A gente pensou que o pessoal não viria por conta do ponto facultativo".

A tenda ficou totalmente ocupada. Por lá, o expediente se encerrou às 12h, já que parte da equipe está afastada, contaminada pela Covid-19. A servidora pública Renata Matos, 42 anos, foi a última da fila naquele turno. A vacinação na UBS será retomada às 13h. "Só fiquei sabendo ontem. Tem cerca de uma hora de espera, mas foi tranquilo". Dois dos três filhos pequenos dela já tomaram 2 doses de vacinas. "A gente quer muito que ele tome também, mas ainda não abriu para 4 anos".

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Na quinta-feira (16), pelo balanço da secretaria de Saúde, 4.459 pessoas conseguiram se vacinar. Na UBS 1, da Asa Sul, onde moradores de qualquer região administrativa podem se vacinar, a fila se estendeu até a via L2. 

Fila na UBS 1 da Asa Sul, em Brasília
Fila na UBS 1 da Asa Sul, em Brasília Fila na UBS 1 da Asa Sul, em Brasília

A servidora pública Ingrid Varejão, 47 anos, veio tomar a quarta dose assim que o reforço foi liberado para a idade dela. No entanto, ao se deparar com a grande quantidade de pessoas, decidiu ir embora e voltar no dia seguinte. "Estava muito cheio, então desisti, porque hoje ia ter mais abertos. Como não estava tendo contatos e trabalhando de casa, achei melhor esperar". Na segunda tentativa, ela enfrentou a longa fila e a espera em pé debaixo do Sol. "Não ligo para isso, não, saúde acima de tudo".

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Nesta sexta, até as 11h, cerca de 300 pessoas foram vacinadas no local. As doses dos quatro fabricantes autorizados estavam sendo ofertados. Mais uma vez, a fila dava volta no prédio. A unidade de saúde também tem testagem.

Na Rodoviária do Plano Piloto, além da vacinação, também há o posto para testes rápidos. A demanda também foi grande pelos exames. Depois de colhido o material, o resultado sai em cerca de 20 minutos.

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Vacinação

Desde quinta, passou a valer a liberação para que o público a partir de 40 anos tomasse a quarta dose de um dos imunizantes, o que abarcou mais 460 mil vacináveis. Na semana passada, a ampliação chegou à população de 50 anos ou mais e profissionais da saúde. Quem tomou o primeiro reforço há 4 meses já pode procurar os postos. A Secretaria de Saúde estima de 1,1 milhão de habitantes estão nesta faixa etária.

Quanto aos adolescentes com 12 anos ou mais, também podem receber o reforço com a terceira dose da Pfizer. Para as crianças a partir dos 5 anos, são indicadas apenas 2 doses, da Pfizer pediátrica ou da Coronavac a partir dos 6 anos.

O Vacinômetro indica que 41,9% da população do DF recebeu até a terceira dose. Na nota ténica que orientou a vacinação com a quarta dose para maiores de 50 anos, o Ministério da Saúde destacou que os dados brasileiros da vacinação demonstraram uma queda da efetividade da vacina para casos sintomáticos de pessoas infectadas pela variante Ômicron depois de três meses da última aplicação.

"Achados de estudos desenvolvidos em Israel, demonstraram que, após a aplicação de uma segunda dose de reforço, houve aumento de cinco vezes nos títulos de anticorpos após uma semana", diz o documento. "Neste sentido, o incentivo à vacinação para os esquemas primários e doses de reforço tem papel fundamental para conter o aumento de casos, hospitalizações e óbitos".

Em alguns estados, como o DF, os governos locais se adiantaram à pasta e já começaram a ministrar o segundo reforço. "À medida que avançamos na cobertura vacinal contra a Covid-19 no país, naturalmente a ampliação de públicos elegíveis para a segunda dose de reforço deve ser considerada", reforçou o Ministério.

Alta de contágios

Nesta sexta-feira, há pelo menos 42.260 doentes no DF. É o que registra o painel da Covid-19, que reúne issas notificações. O acumulado reflete a forte alta das infecções observada nas últimas semanas. Entre 6 e 12 de junho, o salto nos casos foi de 84,4%, de acordo com análise do Governo do Distrito Federal. As mortes nesse período aumentaram 250%.

O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde atesta que, em 24h, 6.305 novos diagnósticos foram computados. A taxa de reprodução do coronavírus foi de 1,78. O índice aponta que o ritmo de contaminações está em aceleração.

Esse aumento se reflete na presão sobre os hospitais públicos. Na manhã desta sexta, 70,27% dos 37 leitos de UTI públicos destinados aos pacientes graves com Covid-19 estavam ocupados. Entre os 10 leitos pediátricos, todos estão tomados. Em metade deles, estão pacientes com menos de 1 anos de vida; os demais têm 1 e 8 anos.

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