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TSE suspende negociação com União Europeia como observadora das eleições

Estão confirmadas presenças da OEA, do Parlamento do Mercosul e da Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Edifício do Tribunal Superior Eleitoral em Brasília
Edifício do Tribunal Superior Eleitoral em Brasília Edifício do Tribunal Superior Eleitoral em Brasília

Após objeção do governo de Jair Bolsonaro, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou, nesta terça-feira (3), a suspensão da negociação com a UE (União Europeia) para participar como observadora das eleições brasileiras deste ano.

"Em conversas preliminares com representantes da União Europeia, o TSE constatou que não estavam presentes todas as condições necessárias para viabilizar uma missão integral de observação eleitoral, que inclui a visita de dezenas de técnicos e trata de diversos temas relacionados ao sistema eleitoral", diz a Corte.

Segundo o TSE, se for verificada a necessidade e o interesse de ambos os lados nos próximos meses, poderá haver uma participação mais reduzida e de caráter técnico de membros da UE no período eleitoral.

O presidente da Corte, ministro Edson Fachin, mobilizou os principais organismos internacionais de observação eleitoral para as eleições presidenciais. É a primeira vez que missões de diversas localidades participarão do pleito, marcado para 2 de outubro e, em caso de eventual, segundo turno, no dia 30 do mesmo mês.

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Até o momento, estão confirmadas as presenças de representantes das missões de observação eleitoral da OEA (Organização dos Estados Americanos), que já enviaram observadores para as eleições realizadas em 2018 e em 2020; do Parlamento do Mercosul, órgão que representa os interesses das cidadãs e dos cidadãos das nações que compõem o Mercosul; e da Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

A possível participação da União Europeia como observadora das eleições, no entanto, sofreu objeção do governo Bolsonaro. No mês passado, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota em que criticou a negociação por ser uma organização da qual o país não faz parte.

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"No que toca a eventual convite para missão da União Europeia, o Ministério das Relações Exteriores recorda não ser da tradição do Brasil ser avaliado por organização internacional da qual não faz parte. Note-se que a União Europeia, ao contrário da OEA e da OSCE, por exemplo, não envia missões eleitorais a seus próprios estados membros", disse o Itamaraty.

Além dessas três missões internacionais, o TSE também negocia a vinda de representantes das organizações norte-americanas Carter Center e International Foundation for Electoral Systems (Ifes), da Unión Interamericana de Organismos Electorales (Uniore) e da Rede Mundial de Justiça Eleitoral.

A presença dos organismos internacionais é vista no TSE como uma necessidade de ressaltar a segurança do sistema eletrônico de votação e destacar que a comunidade internacional está atenta ao desenrolar das eleições no Brasil. O presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados têm questionado a segurança das urnas e chegaram a falar em fraude nas eleições de 2018.

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