Mercedes-Benz Classe C ganha motor 1.6 turbo flex
Versão de entrada C180 custa R$ 148.900 e será a única da linha a beber gasolina e etanol
Carros|Diogo de Oliveira, do R7
A Mercedes-Benz apresentou nesta sexta-feira (15) a versão flex do sedã Classe C. O motor 1.6 turbo foi convertido especificamente para o mercado brasileiro, recebendo ajustes para beber o combustível derivado da cana-de-açúcar. O modelo é o quarto integrante da marca a oferecer motorização bicumbustível — já presente no hatch Classe A, no sedã CLA e no crossover GLA. A opção, porém, será restrita ao C180, versão de entrada cujo preço sugerido é de R$ 148.900. As demais seguirão movidas pelo 2.0 turbo a gasolina.
O sedã médio de luxo inaugurou em março a linha de produção da nova fábrica de automóveis da Mercedes-Benz em Iracemápolis, no interior paulista. É o atual campeão de vendas da marca e o mais emplacado da categoria, com 1.823 unidades no primeiro semestre deste ano. Com a forte crise que atinge a indústria automobilística nacional, suas vendas estão em queda em relação a 2015. Mesmo assim, a montadora está otimista e crê na retomada do mercado, que tradicionalmente cresce no segundo semestre.
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Oferta dupla sem emblema
A caminho das lojas, o Classe C180 turbo flex conviverá, nas primeiras semanas, com o C180 a gasolina. Ainda há unidades importadas do sedã em estoque. Ambos têm o mesmo preço (R$ 148.900). Curiosamente, não há qualquer referência ao motor flex na carroceria. A Mercedes optou por não indicar a versão bicombustível, o que pode confundir o consumidor. Importante dizer que, conforme disse a própria montadora, o consumo da versão flex é ligeiramente inferior. Do Inmetro, o modelo recebeu notas A (por categoria) e B (geral). Na cidade, tem médias de 7,0 e 10,2 km/l, e na estrada, faz 9,2 e 13,3 km/l, sempre com etanol e gasolina.
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O que muda no motor?
A conversão para o flex exigiu alterações, mas nada revolucionário. Os números de potência e torque, por exemplo, seguem iguais: 156 cv e 24,5 kgfm de torque entre 1.200 e 4.000 rpm. O plano de revisões também é o mesmo — 10.000 km ou 6 meses. Na prática, os ajustes deram um tratamento anticorrosivo, por conta do etanol. A taxa de compressão subiu, o sistema de injeção direta ganhou bicos de alta pressão e a bomba de combustível é nova.