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BA: reconstrução de estradas após chuvas vai demorar, diz governador

Estado é atingido por enchentes há duas semanas; 20 pessoas morreram e quase 500 mil moradores foram prejudicados

Cidades|Do R7

Itajuípe, no sul da Bahia, é um dos quase 100 municípios que decretaram estado de emergência
Itajuípe, no sul da Bahia, é um dos quase 100 municípios que decretaram estado de emergência Itajuípe, no sul da Bahia, é um dos quase 100 municípios que decretaram estado de emergência (AMANDA PEROBELLI/REUTERS)

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), em entrevista coletiva nesta terça-feira (28), afirmou que a administração estadual pretende rever projetos de pontes e estradas antes de iniciar a reconstrução das áreas destruídas pelas enchentes que atingem o estado neste mês de dezembro.

"A Bahia está devastada e ainda não é possível estipular quando as estradas vão ser recuperadas. Não sabemos a extensão. Vamos ter que olhar caso a caso a solução técnica. Em alguns lugares vamos ter que mudar a opção. Uma ponte de 50 m de largura, por exemplo, que foi levada pela água pode ser um pouco maior, com 70 m, para facilitar a passagem do rio", analisou.

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Ele também declarou que, como governador, não vai permitir que as residências voltem a ser construídas em áreas de risco, próximo a rios ou em terrenos propensos a deslizamentos.

"O que chama a atenção nesse desastre é seu tamanho e o prolongamento de número de dias [de fortes chuvas]", disse. "Não tenho dúvida que é o maior desastre natural da história de nosso estado."

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Até o momento, 20 pessoas morreram e há 31 mil desabrigados por causa das enchentes na Bahia. Segundo a Defesa Civil do estado, 470 mil moradores foram prejudicados de alguma maneira pelos temporais. 

"Bombardeio"

"A sensação que nós temos é, pelas imagens que vemos, de um grande bombardeio em todo o estado."

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Segundo Rui Costa, pelo menos em 50 cidades casas ficaram embaixo d'água.

"Agora que a água começa a baixar, a gente vê o estrago que foi feito em casas de pessoas simples, que fizeram um esforço danado para erguê-las."

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Ele prometeu ajudar a população a reconstruir essas casas. "Mas não se levanta uma residência em uma semana", comentou.

"Os valores serão muito altos, até porque nem sabemos ainda o tamanho dos estragos."

Costa afirmou que a prioridade das obras serão inicialmente pontes e estradas essenciais aos municípios, que os liguem a outras regiões e que estejam em locais de mais fácil acesso. 

Ele reiterou o apelo feito nesta segunda-feira (27) aos prefeitos para que façam o cadastro das pessoas afetadas pelas enchentes. "Vamos fazer um valor de auxílio financeiro para essas famílias, mas precisamos primeiro entender quantas pessoas foram prejudicadas."

O governador não estipulou quanto será dado a cada família. "Estamos estudando um valor exato nesta semana", disse, acrescentando que cada pessoa terá uma necessidade diferente, de acordo com as perdas ocorridas.

Rui Costa está em Ilhéus, onde foram centralizadas as operações para minimizar os danos da tragédia à população.

O governador agradeceu na entrevista a ajuda de diversos estados. Citou, entre outros, Maranhão, Ceará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

Rui Costa não quis polemizar quando foi questionado sobre o que pensava a respeito de o presidente Jair Bolsonaro não parecer mostrar solidariedade com o povo baiano. "Nesse momento de desespero não vou me permitir entrar nesses debates da política. Cada um vai se alegrando ou ficando indignado com essa ou aquela pessoa e vai fazendo seu julgamento próprio."

Ele prometeu, por fim, reconstruir "cada casa e ponte destruídas pelas chuvas" ao lado dos prefeitos, "independentemente do partido político de cada um".

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