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Boate Kiss: mais 13 sobreviventes da tragédia devem ser ouvidos pela Justiça nesta quinta-feira 

Uma funcionária e clientes da casa noturna foram interrogados na quarta-feira 

Cidades|Do R7, com Estadão Conteúdo

Ao todo, cerca de 60 pessoas serão ouvidas pela Justiça
Ao todo, cerca de 60 pessoas serão ouvidas pela Justiça Ao todo, cerca de 60 pessoas serão ouvidas pela Justiça

A partir das 10h desta quinta-feira (27) serão retomados os depoimentos de mais 13 sobreviventes do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), no fórum da cidade. Os interrogatórios começaram ontem e vão até sexta-feira (28).

O juiz Ulysses Fonseca Louzada intimou 13 pessoas por dia. O restante dos cerca de 60 sobreviventes será ouvido nos dias 9 e 10 de julho. Na quarta-feira (26), a assessoria de imprensa do fórum informou que apenas uma pessoa não havia comparecido.

Foram ouvidos no primeiro dia a funcionária Giovana Rist. Giovana afirmou não haver plano de esvaziamento do local. Também foram ouvidos Saulo Preigschadt e Daniela Medida. Preigschadt e Daniela falaram sobre os seguranças terem impedido a saída dos clientes da boate.

O vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, um dos réus do processo, acompanhou os depoimentos. Participaram também promotores e os advogados de defesa dos acusados.

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O incêndio da casa noturna ocorreu na madrugada de 27 de janeiro e matou 242 pessoas. A investigação policial apontou como causa o uso de um artefato pirotécnico, durante show da banda Gurizada Fandangueira, que gerou uma fagulha que chegou ao teto e queimou o revestimento acústico da casa. A fumaça tóxica matou por asfixia a maior parte das 242 vítimas. Os réus do processo são os empresários Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann e os músicos Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão. Eles poderão ir a júri popular, que não tem data marcada.

Justiça manda soltar quatro acusados de envolvimento na tragédia na boate Kiss

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Manifestantes

Cerca de 150 manifestantes estão acampados dentro do prédio da Câmara de Santa Maria desde a noite desta terça-feira, 25, para pressionar a Casa a afastar integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga responsabilidades públicas pela tragédia da Kiss. O grupo também quer a exoneração do procurador jurídico da Câmara Municipal, Robson Zinn, porque ele é do mesmo partido do prefeito Cezar Schirmer (PMDB). Diante da ocupação, a reunião desta quarta-feira da CPI, que previa depoimentos de Schirmer e da procuradora jurídica do município, Anny Desconzi, foi cancelada.

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A mobilização começou pela descoberta de uma gravação na qual a presidente da CPI, Maria de Lourdes Castro (PMDB), o vice-presidente Tavores Fernandes (DEM) e um assessor criticam a relatora Sandra Rebelato (PP). Um deles dá a entender que a CPI não deveria dar em nada. O incêndio da boate aconteceu em 27 de janeiro e deixou um saldo de 242 mortos.

Incêndio

O incêndio dentro da boate Kiss no centro de Santa Maria, cidade a 290 km da capital, Porto Alegre, aconteceu na madrugada de 27 de janeiro.

O fogo começou porque, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, um dos integrantes acendeu um artefato pirotécnico — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que ao ser lançado atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se espalharam em poucos minutos.

A casa noturna estava cheia na hora que o fogo começou. Cerca de mil pessoas estariam no local. O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. Os donos não tinham qualquer autorização do Corpo de Bombeiros para organizar um show pirotécnico na casa noturna. O alvará da boate estava vencido desde agosto de 2012, afirmou o Corpo de Bombeiros.

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