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Caso Bernardo: mãe do menino morreu três dias antes de assinar separação milionária

Segundo o Ministério Público, ciúmes e disputa por bens materiais estão na linha de investigação

Cidades|Do R7, com Fala Brasil e Estadão Conteúdo

Mãe e filho foram enterrados lado a lado em Santa Maria
Mãe e filho foram enterrados lado a lado em Santa Maria Mãe e filho foram enterrados lado a lado em Santa Maria

A mãe do menino encontrado morto em um matagal no interior do Rio Grande do Sul morreu três dias antes de assinar a separação do pai do garoto, Leandro Boldrini, de 38 anos. Odilaine Uglione receberia R$ 1,5 milhão e uma pensão de R$ 10 mil por mês. Família acredita que ela tenha sido morta por causa de dinheiro. O pai de Bernardo, a madrasta e uma amiga estão presos suspeitos de envolvimento no crime.

Segundo o Ministério Público, ciúmes e disputa por bens materiais estão na linha de investigação da polícia.

A avó do menino, Jussara Uglione, demonstra revolta com o caso e expõe uma dúvida que atormenta a família materna desde que a mãe de Bernardo morreu dentro da clínica de Leandro, em 2010, aos 32 anos, quando estavam tratando do divórcio. A investigação policial concluiu que ela se suicidou.

O advogado de Jussara, Marlon Taborda, diz que poderá pedir a reabertura do inquérito. Taborda afirma que Odilaine teria fechado um acordo de divisão de bens com Leandro poucos dias antes de morrer e que Bernardo seria beneficiário da venda de um imóvel que foi do médico e da mãe dele.

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— Odilaine estava se separando do pai do menino. Para três dias depois [da morte dela], estava combinado para assinarem o termo de separação onde ela receberia um valor bem considerável no que se refere à partilha do patrimônio. Existem as máquinas da clínica, aparelhagem, e patrimônio imóvel, que portanto pertencia ao casal e um pensionamento mensal.

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Desde a morte da mãe, Bernardo morava com o pai, a madrasta e a meia-irmã de um ano. O corpo do menino foi enterrado na quarta-feira (16), no Cemitério Ecumênico de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, mesmo local em que a mãe está sepultada. 

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Alegou inocência

Também na quarta-feira, o advogado Andrigo Reelato, primo do médico Leandro Boldrini, de 38 anos, pai de Bernardo, divulgou a primeira versão dele para o caso, depois de visitá-lo na prisão.

— Ele disse que é inocente e quer se defender. [...]

Segundo o advogado, Boldrini disse ainda que se a mulher dele, a enfermeira Graciele Boldrini, matou o filho, ela deve ser punida. O casal tem uma filha de um ano e meio. 

— Também falou que se ela fez, tem de pagar.

O crime

Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu de casa, em Três Passos, no noroeste do Estado, no dia 4 de abril. O corpo foi encontrado na última segunda-feira (14), dentro de um saco plástico, enterrado em um matagal em Frederico Westphalen, a 80 km de distância. Na mesma noite, a polícia prendeu o pai do garoto, a madrasta e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, de 40 anos, amiga de Graciele, sustentando que os três têm envolvimento com o crime, com participações individuais a serem esclarecidas.

A polícia confirma que dois fatores foram decisivos para a localização do garoto. Um foi a multa aplicada pela polícia rodoviária à madrasta, por excesso de velocidade, que mostrou que houve uma viagem de Três Passos a Frederico Westphalen em 4 de abril. O segundo foi a análise de imagens colhidas no mesmo dia por uma câmera de vigilância da rua, próxima da casa da assistente social, expondo imagens das duas saindo com o garoto e voltando sem ele. A perícia deve indicar se Bernardo foi morto por uma injeção letal aplicada por uma das mulheres.

A polícia tem recebido informações de vizinhos e pessoas que conviveram com o casal. Há relatos de brigas, de ciúme que a madrasta sentia do garoto e de falta de atenção do pai, que levou dois dias para comunicar o desaparecimento à polícia.

Assista ao vídeo:

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