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Caso Tayná: dois policiais suspeitos de tortura são soltos

Ministério Público tem até o fim desta semana para oferecer denúncia contra policiais

Cidades|Do R7, com Rede Record

Adolescente foi achada morta próxima a um parque de diversões, na cidade de Colombo
Adolescente foi achada morta próxima a um parque de diversões, na cidade de Colombo Adolescente foi achada morta próxima a um parque de diversões, na cidade de Colombo

Dois policiais civis que teriam envolvimento no caso de tortura a quatro suspeitos de estuprar e matar a adolescente Tayná da Silva, de 15 anos, na região metropolitana de Curitiba, foram soltos na tarde desta segunda-feira (29), após uma decisão da Justiça. Outras nove pessoas, incluindo o delegado responsável pelo caso, permanecem na cadeia.

A defesa do delegado Silvan Pereira já entrou com um pedido de relaxamento da prisão, que deverá ser julgado nos próximos dias. O Ministério Público do Paraná tem até sexta-feira (2) para oferecer denúncia contra os suspeitos.

Também nesta segunda-feira, o novo delegado-geral da Polícia Civil, Riad Braga Farhat, assumiu o cargo. Marcus Vinícius Michelotto foi substituído após as denúncias de tortura. O governo anunciou a troca no comando, mas não foi esclarecido se Michelotto quis deixar o cargo ou foi afastado. Ele disse apenas que se trata de uma “oxigenação, novos rumos e novos desafios”.

Os quatro suspeitos que haviam sido presos pela morte da adolescente dizem ter confessado o crime depois de sessões de tortura. Eles foram soltos por falta de provas, já que um exame de DNA deu negativo para a presença de material genético de todos nas roupas da vítima.

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As investigações do caso foram concluídas na sexta-feira (26). Os depoimentos dos envolvidos no suposto caso de tortura não foram colhidos porque eles não autorizaram a gravação do procedimento. O advogado Cláudio Dalledone informou que eles só dariam um depoimento escrito, e não gravado.

Relembre o caso

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As investigações sobre a morte de Tayná tiveram grandes reviravoltas. Quatro homens foram presos suspeitos da morte, mas disseram que só confessaram o crime porque foram torturados. Eles relataram que levaram choques, chutes e foram obrigados a fazer sexo entre si na frente e a pedido de um militar.

Um exame comprovou que o sêmen achado no corpo dela não pertencia a nenhum dos envolvidos e o resultado vazou. Os suspeitos foram soltos a pedido do Ministério Público. Além das denúncias de tortura, a polícia ainda investiga quem matou a jovem, achada no dia 27 de junho.

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Catorze policiais, entre eles um delegado, foram presos suspeitos de tortura. Os espancamentos foram confirmados após exame de corpo de delito realizado por uma comissão da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

O governo do Paraná informou que Marcus Vinícius Michelotto deixou o cargo de delegado-geral da Polícia Civildo Estado na última segunda-feira (22). O novo delegado-geral é Riad Braga Farhat, que respondia pelo Denarc (Divisão Estadual de Narcóticos). Não foi esclarecido se Michelotto quis deixar o cargo ou foi afastado. Ele disse apenas que se trata de uma “oxigenação, novos rumos e novos desafios”.

Mais uma morte

O corpo de uma jovem identificada como Jennifer Priscila de Oliveira, 20 anos, foi encontrado próximo ao parque de diversões em Colombo, cidade do Paraná, onde a jovem Tayna da Silva, de 15 anos, também foi achada sem vida.

Jenifer foi localizada na última terça-feira (23) com marcas de pancadas pelo corpo, mas a causa da morte ainda deve ser esclarecida. Segundo a Polícia Civil, o local em que ela foi encontrada fica a cerca de 800 metros de onde Tayná estava.

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