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Com escolta, ônibus de 14 linhas suspensas voltam a circular nesta sexta-feira em Florianópolis

Prefeitura alugou carros para que a PM escolte os coletivos nos locais mais críticos

Cidades|Do R7

PM diz que número de viaturas não é suficiente para escoltar todos os coletivos
PM diz que número de viaturas não é suficiente para escoltar todos os coletivos EDUARDO VALENTE/FUTURA PRESS

Vinte carros alugados pela Prefeitura de Florianópolis vão escoltar os ônibus das 14 linhas que não estavam operando desde quarta-feira (6) na cidade. A circulação será normalizada nesta sexta-feira (8), segundo o secretário de Comunicação, João Cavallazzi. A suspensão temporária aconteceu depois do ataque a um coletivo na Caieira do Saco dos Limões, no começo da noite de terça-feira (5).

Santa Catarina registrava, até a tarde de quinta-feira (7), 74 ataques. A capital é a segunda cidade mais atingida pela onda de violência, com 11 casos, à frente apenas de Joinville, que tinha 15 ocorrências registradas desde o dia 30 de janeiro, quando os atentados começaram.

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O prefeito Cesar Souza Júnior oficializou na quinta-feira o aluguel dos carros para que a Polícia Militar pudesse acompanhar os ônibus das linhas que atendem comunidades carentes e que precisaram ser suspensas. Ele reforçou a preocupação com a população que mora naqueles bairros e ficaram sem transporte.


— 99.9% dos moradores do Maciço do Morro da Cruz são pessoas trabalhadoras e ordeiras.

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De acordo com Cavallazzi, as 14 linhas que não estavam circulando passam a operar normalmente a partir desta sexta-feira. A prefeitura ainda estuda o funcionamento do transporte público durante o Carnaval, já que haverá eventos pelas ruas da cidade.


A porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Claudete Lemhkuhl, informou que há efetivo suficiente, mas o problema está relacionado à disponibilidade das viaturas da PM, que muitas vezes têm problemas mecânicos e precisam ser retiradas de circulação.

Onda de ataques

Santa Catarina vive a segunda onda de violência dos últimos meses. A primeira foi em novembro do ano passado. Os novos ataques começaram no dia 30 de janeiro. O Estado voltou a registrar ônibus, viaturas das polícias Militar e Civil, e veículos particulares incendiados. Bases da PM e delegacias também foram atacadas com tiros ou coquetéis molotovs.

O número de cidades em Santa Catarina que registraram ataques supostamente feitos por uma facção que atua no Estado já supera o verificado em 2012, ano em que a série de atentados começou. Em oito dias, foram registrados mais de 70 casos, a maioria deles ônibus incendiados.

As ocorrências foram registradas em 23 municípios: Florianópolis, Blumenau, Criciúma, Itajaí, Navegantes, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Tubarão, Laguna, Araquari, Indaial, Brusque, Joinville, Gaspar, São José, Ilhota, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Chapecó, Bom Retiro e Garuva.

O motivo teria relação com maus-tratos a detentos, assim como aconteceu em novembro. Um vídeo gravado em um presídio de Joinville mostrou presos sendo torturados por agentes penitenciários. O policiamento foi reforçado em todas as regiões.

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Prisões

Segundo dados divulgados pela Polícia Militar na quinta-feira, 22 pessoas envolvidas nos atentados foram presas pela corporação, oito adolescentes foram apreendidos e um suspeito morreu em confronto. 

A Polícia Civil prendeu dois envolvidos no incêndio de um ônibus em Blumenau, no fim da tarde de quarta-feira. Francisco de Assis Pedrini da Mata, de 25 anos, e Eduardo de Oliveira, de 21 anos, foram detidos poucas horas após o atentado.

Em Joinville, três suspeitos de envolvimento em ataques no norte do Estado foram presos em uma ação conjunta do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), e das polícias Civil e Militar. Cerca de 20 mandados de prisão, e de busca e apreensão foram cumpridos. Outras quatro pessoas foram presas em flagrante por outros crimes, como tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e munição. 

Também foi preso pela Polícia Civil Rafael Alan Millnitz, de 18 anos, em Criciúma, no sul do Estado. Ele e um adolescente de 15 anos, que foi apreendido, são suspeitos de envolvimento a um ataque a ônibus na cidade, no dia 1º. 

Na segunda-feira (4), outro homem foi preso e um adolescente apreendido. Segundo a polícia de Criciúma, eles jogaram um coquetel molotov na residência de um casal de policiais civis, na noite de sábado (2). 

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