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Com medo de novas ameaças, jovens que tiveram filhos com o pai deixarão SC

Polícia concluiu inquérito e indiciou homem por estupro de vulnerável e estupro

Cidades|Do R7, com Rede Record


A família do agricultor de 45 anos preso após estuprar duas filhas durante anos, na cidade de Rio Negrinho, no interior de Santa Catarina, informou que vai deixar a cidade com medo de novas ameaças de morte por parte do próprio suspeito. Uma das filhas disse que teme que o homem escape do presídio e mate toda a família.

A jovem disse ainda que somente o agricultor sustentava a casa e que agora a família não tem recursos para sobreviver já que ele está preso. Todos vão para a casa de um parente, em Florianópolis, mas preferem não divulgar o local exato. A mudança deve ser feita no sábado (19).

A família vive em uma casa simples na zona rural da cidade. No imóvel, moravam o suspeito, a mulher, nove filhos — incluindo as duas vítimas — e os três filhos de cada uma delas. Além disso, a filha mais nova está grávida do quarto filho do pai. A jovem está no terceiro mês de gestação.

O delegado Tiago de Freitas Nogueira, que investiga o caso, concluiu o inquérito na quarta-feira (16).


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De acordo com o delegado Tiago de Freitas Nogueira, o pai exercia domínio sobre a família mediante ameaças, como de atear fogo na casa com todos dentro ou de levar as crianças que teve com as filhas embora. Com isso, as vítimas acabavam obedecendo às suas ordens. As jovens não podiam frequentar nem a escola e só saíam de casa para trabalhar na roça com o pai.

A mãe das jovens descobriu os abusos quando a filha mais velha engravidou do primeiro filho, mas não denunciou o marido por medo. Segundo o delegado, ela não será indiciada porque também foi uma vítima do suspeito.


O agricultor foi preso após o fim dos depoimentos das filhas, na madrugada de sexta-feira (11), e cumpre prisão preventiva no Presídio Regional de Mafra. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável e estupro.

Ainda de acordo com o delegado, as seis crianças frutos do incesto foram registradas apenas com o nome das mães. As crianças, com idades entre um e seis anos, continuarão morando com a família. O Conselho Tutelar e a Assistência Social estão acompanhando o caso.

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