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Confrontos entre manifestantes e PMs deixam feridos no 1º dia da Copa

Pelo menos cinco pessoas foram detidas pela polícia durante os protestos

Cidades|Do R7, com Agência Brasil

Manifestantes tombaram e depredaram uma viatura da Polícia Civil em Belo Horizonte
Manifestantes tombaram e depredaram uma viatura da Polícia Civil em Belo Horizonte

O dia de abertura da Copa do Mundo foi marcado não só pela vitória da seleção brasileira sobre a Croácia, mas também por confrontos violentos em algumas cidades. Duas pessoas foram presas e pelo menos dez, entre elas duas jornalistas da CNN, ficaram feridas em confrontos entre PMs e manifestantes na zona leste de São Paulo.

Três estações da linha 3-Vermelha do Metrô e um shopping foram fechados. Manifestantes fizeram barricada e queimaram entulhos entre as ruas Serra do Japi e Platina, no Tatuapé. Cerca de 30 black blocs se misturaram aos torcedores e enfrentaram os policiais na estação Tatuapé, informou a polícia. Policiais usaram balas de borracha e bombas de gás para dispersar o grupo. Dentro da estação Tatuapé, os manifestantes chegaram a usar extintores de incêndio contra os policiais.

Entre os mais de dez feridos, estão duas jornalistas da CNN. Shasta Darlington teve arranhões em consequência de uma queda e Barbará Arvanitidis e sofreu um ferimento no braço. Ainda de acordo com a PM, duas pessoas foram presas. Uma foi detida em flagrante por dano ao patrimônio e outra estava com coquetel molotov.

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Em Belo Horizonte, cerca de 300 pessoas participaram de uma manifestação contra a Copa do Mundo na praça da Liberdade, região centro-sul da cidade. Por lá, também houve confronto entre a Polícia Militar e os participantes do ato. Um fotógrafo da Agência Reuters ficou ferido. De acordo com a polícia, Sérgio Moraes, de 52 anos, sofreu traumatismo craniano leve após ser atingido na cabeça.

Já em Taguatinga (DF), três manifestantes foram detidos nas proximidades do espaço Fifa Fan Fest. Segundo a Polícia Militar, cerca de 30 pessoas tentaram fechar parte do Pistão Norte e a polícia agiu para evitar que a via fosse interditada. A PM afirma que não houve confronto e que os manifestantes que se exaltaram foram encaminhados para o DPE (Departamento de Polícia Especializada). Em nota, a Polícia Militar afirma que usou apenas a força necessária para garantir o direito de ir e vir e impedir atos de vandalismo.


Também houve confusão entre PMs e um grupo de manifestantes que protestavam contra a Copa no centro do Rio de Janeiro. Os agentes usaram bombas de gás e spray de pimenta. Ao menos oito pessoas foram detidas. Segundo a Polícia Civil, as principais ocorrências foram registradas por desacato, lesão corporal, resistência e roubo. Os confrontos entre PMs e manifestantes deixaram seis feridos. O protesto teve início na avenida Presidente Vargas, que foi interditada no sentido praça da Bandeira. Em seguida, os manifestantes seguiram em caminhada pela avenida Rio Branco, bloqueando totalmente a via.

Cerca de 200 manifestantes protestaram contra a Copa do Mundo na praça Montevidéu, diante da Prefeitura de Porto Alegre. Os participantes portavam cartazes e faixas, destacando-se uma que diz "Fifa go home" [Fifa vá para casa], e reclamaram da imprensa, a quem acusaram de apoiar a Copa e as empresas transportadoras de passageiros. Segundo a polícia, não houve registro de incidentes.


Em Fortaleza, movimentos sociais e ativistas participaram do ato convocado pelo Comitê Popular da Copa, na Praia de Iracema. Eles seguiram até o local da Fifa Fan Fest, portando cartazes e faixas que questionavam o legado da Copa. Na cidade, os movimentos criticam a remoção de famílias, por causa das obras para o Mundial, e o aumento do turismo sexual.

Curitiba, Salvador e Recife também registraram protestos na última quinta-feira (12). Na capital pernambucana, cerca de 100 pessoas discutiram violações de direitos humanos e o que querem para a própria cidade, em atividade que aconteceu no Cais José Estelita, na região histórica da cidade, que está ocupada há 21dias por cerca de 40 pessoas que querem impedir que o local seja demolido para a construção de edifícios, como parte do projeto Novo Recife.

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